“Ó pai em tuas mãos, eu entrego o meu espírito” é a invocação que a liturgia nos fez repetir no salmo da sexta-feira Santa. Hoje, quantas pessoas entregam o seu espírito nas mãos da depressão, da ansiedade, do pânico. Quantas vezes, nós entregamos nosso espírito nas mãos do mundo, das aparências? Quantas vezes deixamos nosso espírito acomodado nas nossas atitudes mesquinhas, na indiferença e na falsidade.
Ao olharmos para Jesus Ressuscitado, digamos também nós: Ó Pai, em tuas mãos eu entrego a minha vida, o meu Espírito, pois com Ele o mal nunca triunfará. Na cruz, Cristo experimentou o abandono para não nos deixar reféns da desolação e permanecer ao nosso lado para sempre.
Caro irmão, cara irmã, foram muitos os sofrimentos de Jesus: sofrimentos do corpo, da alma; a traição de Judas; a negação de Pedro; os insultos ao pé da cruz; a zombaria dos guardas; o abandono de Deus; a flagelação, as pancadas, a coroa de espinhos, até a tortura da cruz.
Mas Cristo não desistiu, se manteve firme, confiante, não abriu a boca. Sofre por nós, ofereceu sua vida em expiação dos nossos pecados. E nós? Como agimos diante dos sofrimentos da nossa vida, confiamos na força do Senhor ou murmuramos?
Hoje, diante dos nossos sofrimentos Cristo não nos abandona. Nas nossas tristezas, nos ‘porquês’ da nossa vida, nas nossas aflições, nos nossos problemas diários, nas nossas fadigas e perseguições, o Cristo, vivo e vencedor, olha para nós e nos diz: Não desista, Eu estou contigo!
Irmãos e irmãs estamos na vida para caminhar da ‘Cruz’ a ressureição, nessa certeza
Quantas vezes, nas nossas situações de desespero, nos problemas que enfrentamos, nas humilhações que passamos, sem esperança blasfemamos a Deus. Queremos saber porque coisas ruins acontecem com pessoas boas, quando estivermos nessa situação pensemos na paixão de Cristo, o quanto ele sofreu; Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos. Por isso, nos momentos de provações, não blasfememos ou murmuremos, mas digamos:
“Com Jesus, nenhuma noite é infinita!”
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