Espiritualidade

Igreja celebra o martírio de São João Batista, o maior dos profetas

João é o único santo que possui durante o ano litúrgico datas dedicadas ao seu nascimento e à memória de sua morte

Escrito por Redação A12

29 AGO 2022 - 11H53 (Atualizada em 28 AGO 2024 - 15H54)

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“Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista…De fato , todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar” (Mt 11,11-14

A Igreja celebra hoje o martírio de São João Batista, único santo que possui durante o ano litúrgico datas dedicadas ao seu nascimento, no dia 24 de junho, e à memória de sua morte, 29 de agosto. João é primo de Jesus, filho de Zacarias e Isabel. 

Leia MaisMaria e João Batista apontam para JesusDe acordo com o Evangelho, no episódio da visitação de Maria à sua prima Isabel, o nascimento de João ocorreu cerca de seis meses antes do Menino Jesus. Já a sua morte, entre anos 31 e 32 d.C.

É conhecido por ser o percussor, pois foi ele quem batizou com água e pregava o batismo de arrependimento em preparação à vinda do Messias, que batizaria com o Espírito Santo.

No entanto, até mesmo o próprio Jesus se apresentou no rio Jordão para ser batizado por João, que a princípio recusou, mas depois obedeceu. Considerado o último grande profeta do Antigo Testamento, pode-se dizer que foi o primeiro apóstolo de Jesus e aquele que viveu o Seu seguimento até a morte, quando sofreu o martírio.

Martírio do profeta

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João Batista não media as palavras nos momentos nos quais precisava mostrar aos fariseus o quanto eram hipócritas. Além disso, sofreu a rejeição de muitos sacerdotes de sua época por pregar o batismo de arrependimento dos pecados, o que tornava vão os sacrifícios que eram realizados nos templos.

O acontecimento que marca o seu martírio se inicia com a crítica feita sobre a conduta do rei de Israel, Herodes Antipas, filho de Herodes (autor do massacre dos inocentes) e o seu “casamento ilegal” com Herodíades. Por esse motivo, Herodes mandou prender João, contudo, tinha medo do que a sua morte poderia causar.

Na sequência, durante a festa de aniversário da filha de Herodíades, chamada Salomé, a jovem dançou em honra ao rei. Após ficar fascinado por ela, concedeu como presente a realização de qualquer desejo. Ao que Salomé, depois de conversar com sua mãe, pede a cabeça de João Batista. Com isso, João morre como mártir por defender a verdade.

“Imediatamente o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João. O soldado saiu, foi à prisão e cortou a cabeça de João. Depois levou a cabeça num prato, deu à moça, e esta a entregou à sua mãe. Ao saber disso, os discípulos de João foram, levaram o cadáver e o sepultaram” (Mc 6,27-29).

A obediência e o abandono de São João Batista servem para nós cristãos nestes tempos como um grande sinal. Ficam as reflexões: o quanto estamos dispostos a viver os valores do Evangelho em uma total atenção aos ensinamentos de Cristo? Quantos de nós estamos disponíveis a assumir os riscos para isso ou mesmo perder prestígios, fama, bens, posições, influência para defender e anunciar a verdade? Estamos dispostos a dedicar nossa vida nos abandonando à graça de Deus e a sua vontade?

São algumas questões que a vida e o martírio de João levam a fazer.


Na Homilia do Dia, no canal do Aparecida Ao Vivo, padre Ulysses reflete o martírio de São João

Fonte: Vatican News

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