Após lavar os pés dos discípulos, disse Jesus: “Compreendeis o que vos fiz? Vós Me chamais de Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque realmente Eu O sou. Se Eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros” (Jo 13,12-14). Leia Mais5 filmes para assistir durante a Semana SantaRelembre orações antigas da Igreja indicadas para a Semana Santa
Entende-se sem maiores dificuldades que Jesus nos ensina a servir uns aos outros nas nossas necessidades, mesmo, como no caso da lavagem dos pés — na época, trabalho dos empregados menos categorizados —, para os serviços mais humildes e desconsiderados.
Basta que haja a necessidade e que nos disponhamos a ajudar, sem pensar na nossa “dignidade pessoal” mundana, e sim na nossa dignidade de imagem e semelhança de Deus, que Se encarnou, foi crucificado e ressuscitou somente para nos servir, isto é, apagar a culpa do Pecado Original e reabrir a possibilidade de chegarmos ao Paraíso Celeste. “… Não é o servidor maior que seu patrão, nem o enviado maior do que aquele que envia” (Jo 13,16).
Se Deus nos serve por amor, não fazemos mais do que a nossa verdadeira obrigação diante Dele, servindo-nos uns aos outros.
Se é necessário ajudar o próximo, qual é o tipo de limpeza mais premente para cada ser humano? A limpeza da alma, limpar do pecado. Infelizmente, há tempo que, mesmo dentro da própria Igreja, existe uma tendência a considerar a ajuda ao próximo prioritariamente no sentido material: econômico, social, até político.
Como se remediar os problemas materiais das pessoas fosse a verdadeira missão da Igreja. Não! Cristo mesmo o afirma: “Pobres sempre haverá entre vós” (Jo 12,8). Ele sabe que esta vida nunca será o paraíso, a perfeição, o que não quer dizer, absolutamente, que deva ser o inferno; de fato, pobre não significa, necessariamente, miserável.
Por amor, é dever de todos na Igreja ajudar materialmente a quem precisa, porém, como consequência óbvia e natural e absolutamente necessária do Primeiro Mandamento: “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”, e jamais como o centro da espiritualidade.
Muito mais importante é a ajuda espiritual, esta sim prioritária, porque, confortável ou difícil, a vida material vai inevitavelmente passar, e depois dela só haverá duas possibilidades, completamente excludentes: Céu ou inferno (mesmo o Purgatório é um estado passageiro).

Auxiliar espiritualmente os outros — a partir, claro, de uma sincera busca pessoal de Deus, em primeiríssimo lugar — é obra de caridade muito maior do que dar roupa ou comida. Assim, a santidade e o bom exemplo/coerência pessoal, as orações, orientações, ensino da Doutrina e da Liturgia, tudo isso é “lavar os pés” dos irmãos, da forma mais excelente que há.
Mas, desde que, é claro, a sua consequência seja, dentro das possibilidades pessoais, o auxílio concreto também às carências materiais (um sacerdote, ao ministrar os sacramentos, contribui muito mais para salvar almas do que qualquer valor financeiro, por exemplo).
A missão da Igreja é, antes de tudo, salvar almas, para a vida definitiva que há de vir. Nós somos a Igreja, no seu Corpo Místico, e é esta também a nossa missão prioritária e não negociável, começando pela busca verdadeira da santidade pessoal.
Voltando ao contexto da Última Ceia, lembremos que Cristo, mais do que o exemplo de lavar os pés, deu aos apóstolos não um pão material para matar simplesmente a fome física, mas sim a Eucaristia, Ele mesmo, a qual, ingerida por nós, não se transforma em substâncias corporais nossas, mas, ao contrário, nos transforma, pelo Seu poder, Nele mesmo.
E é somente revestidos assim, para o Banquete do Cordeiro a que fomos convidados, a Páscoa definitiva, que chegaremos ao Céu.
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