No dia de Natal, escutamos no Evangelho, na chamada Missa da Aurora, que os pastores, logo depois de escutarem um Anjo do Senhor que anunciou o nascimento do Salvador, veem uma multidão do exército celestial louvar a Deus dizendo:
“Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens que ele ama”!
Que visão magnífica deve ter sido essa dos pastores! Eles foram, então, ver esse Menino Luz, alegria para todo o povo.
O Evangelho, no entanto, enfatiza que os pastores foram às pressas ver o que Senhor os deu a conhecer. Esse pequeno detalhe que poderia passar despercebido nos fala de uma atitude que hoje em dia está muito mal direcionada. Podemos dizer que, ante o anúncio dos anjos, se desperta no interior dos pastores uma curiosidade. De fato, hoje, quando nos contam alguma coisa que nos prende a atenção, surge o desejo de saber mais, de conhecer mais a fundo aquilo.
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Mas como vivemos em um mundo que nos bombardeia informação por todo lado, quase nada parece ser novidade. As pessoas morrem e isso não nos sensibiliza, desastres acontecem e não nos movem quase nada interiormente.
Para despertar a nossa curiosidade, é preciso ser algo realmente extravagante, fora do “normal”. E, por isso, que as notícias e os programas que assistimos estão cada vez mais impressionantes, indo cada vez mais longe, permitindo cada vez mais coisas estranhas para chamar nossa atenção.
O nascimento de Jesus foi para os pastores um acontecimento impressionante. Imaginem o exército celestial cantando. E eles seguiram esse sinal.
Nós, no entanto, provavelmente não veremos esses mesmos anjos que continuam cantando e, talvez, isso dificulte muito que a nossa curiosidade se desperte para o Natal. Além do mais, já o celebramos todos os anos, o que deixa a nossa anestesia ainda mais forte.
Desse jeito, parece ser impossível que esse acontecimento desperte em nós a mesma curiosidade que despertou nos pastores.
E é exatamente esse o desafio das semanas do Advento. São quatro semanas nas quais a Igreja busca dispor o coração dos fiéis para que consigam olhar o presépio e descobrir lá o acontecimento mais incrível e eternamente novo que já ocorreu no mundo.
Todos os símbolos, como a cor da liturgia, a falta dos cantos de Glória e de Aleluia e o acendimento progressivo da coroa do Advento nos indicam que algo grandioso está chegando. Precisamos ver, em tudo isso, sinais que nos apontam para Belém, para o nascimento humilde de Jesus em uma manjedoura. E sobretudo, precisamos reconhecer em Jesus o Salvador que vem para libertar-nos do pecado e da morte.
Essa é a novidade perene, que deve despertar a nossa curiosidade. Peçamos à nossa Mãe Maria que nos ajude a ter uma atitude como a Dela, que meditava e guardava todas as coisas no coração, para que possamos acolher esses sinais que nos são dados por Deus, por meio da Igreja. Assim, descobriremos nesse acontecimento uma luz que brilha muito mais forte e, por mais tempo, que todas as outras luzes (que insistem em chamar a nossa atenção e que só nos afastam dessa verdadeira Luz que vem de Deus), para que tenhamos Vida em abundância.
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