Nossa Senhora da Esperança: a mãe que guia seus filhos no Ano Santo

A Igreja Católica no mundo está vivenciando neste ano o Jubileu de Esperança, a convite do Papa Francisco somos chamados a sermos peregrinos guiados sempre pela Virgem Maria, que nos protege e nos indica o caminho do encontro verdadeiro com Deus.

No início das celebrações do Natal do Senhor, data em que também foi marcada a abertura do Ano Santo, uma imagem de Nossa Senhora da Esperança foi colocada na Basílica de São Pedro, próximo ao altar da confissão, como sinal de presença materna para esta jornada. A imagem veio do Santuário de Battipaglia e já retornou ao seu local de origem.

História da imagem

A história da Imagem de Nossa Senhora da Esperança está profundamente ligada ao povo de Battipaglia. Desde 1819, quando a pintura de Nossa Senhora foi trazida de Nápoles por Domenico Antonio Franchini, a vida do povo se entrelaçou com a devoção e intercessão da Virgem.

Foi então que a pintura, uma cópia de um original que estava em Nápoles, foi colocada na capela Franchini. Em 1878, a filha de Franchini, Ippolita, mandou criar a atual estátua para tornar a procissão anual mais concreta e tangível, e para reforçar a mensagem de esperança. Feita de madeira policromada em Nápoles, a estátua, de autor anônimo, possui traços de uma jovem plebeia, simbolizando que Maria é filha do povo. Leia MaisHistórias e curiosidades das Basílicas do Jubileu 2025Neste Jubileu, Papa nos pede vários “sim” concretos à vidaJubileu de Esperança: seja um peregrino a caminho da renovação espiritual

Maria, Mãe da Esperança

Desde o seu sim esperançoso, a Virgem Maria nos ensina que confiar nos planos de Deus é o que fortalece nossa esperança, fazendo com que nossa fé também se fortaleça, pois afinal, não há fé sem esperança.

Em sua imagem é possível analisar que Ela sempre nos leva a Cristo. Maria segura o Menino Jesus em pé em seu colo, e apresenta também uma Cruz e uma Âncora, sinais do amor do Cristo crucificado, a esperança do mundo.

Na bula para o Jubileu 2025, o Santo Padre nos convida a peregrinar até os santuários e quando estes forem marianos, que possamos nos prostrar diante de Nossa Senhora e rezar.

“Neste Ano Jubilar, que os Santuários sejam lugares sagrados de acolhimento e espaços privilegiados para gerar esperança. Aos peregrinos que vierem a Roma, convido-os a fazerem uma paragem orante nos Santuários Marianos da cidade a fim de venerar a Virgem Maria e invocar a sua proteção.”

Ciente de que não só ele, mas também os fiéis católicos de todo mundo confiam seus problemas, preocupações e conquistas à Maria, o Papa afirma “A esperança encontra, na Mãe de Deus, a sua testemunha mais elevada”.

Francisco sempre muito catequético reflete e explica que a esperança em Maria não é apenas um otimismo, mas sim uma certeza, um “dom de graça” diante das dificuldades de nossa vida.

Nossa Senhora, diante da Cruz, ainda que vendo o sofrimento de seu filho, não perdeu a esperança e confiança nos planos do Senhor. Diante da dor de seu Filho que deu a vida pela nossa, Ela também sofreu sua dor, a dor de uma mãe que ‘perde o filho’, mas que tinha a certeza que ali estava o maior do mundo.

“No parto daquela dor oferecida por amor tornava-Se nossa Mãe, Mãe da esperança. Não é por acaso que a piedade popular continua a invocar a Virgem Santa”.

Neste Ano Santo, não deixemos de invocar a Virgem Maria em todos os momentos, nos tristes e alegres, nos fáceis e nos difíceis, nas tardes de sol ou nas noites de tempestades, a Mãe de Deus sempre vem em nosso auxílio.

E o Papa nos lembra que Ela nos convida a ter esperança e fé.

“Estou confiante de que todos, especialmente aqueles que sofrem e estão atribulados, poderão experimentar a proximidade da mais afetuosa das mães, que nunca abandona os seus filhos; Ela que é, para o santo Povo de Deus, sinal de esperança segura e de consolação”.

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Fonte: Vatican News, Bula Jubileu de Esperança,