Por Tatiana Bettoni Em Espiritualidade Atualizada em 14 AGO 2024 - 14H21

São Maximiliano Kolbe: o mártir do Holocausto

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No dia em que a Igreja Católica celebra a memória de São Maximiliano Maria Kolbe, mártir do Holocausto, é oportuno lembrar também dos Papas Bento XVI e São João Paulo II, que, em suas juventudes, presenciaram indiretamente o extermínio de 6 milhões de judeus pelos nazistas.

Após serem eleitos pontífices, ambos visitaram o campo de concentração de Auschwitz, onde mais de 1,5 milhão de pessoas foram assassinadas, visita que foi repetida depois também pelo Papa Francisco, em 2016.

AP
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Durante a invasão alemã na Polônia, São João Paulo II, aos 22 anos, decidiu seguir o caminho sacerdotal e ingressou no seminário clandestino mantido pelo cardeal Adam Sapieha. Na mesma época, o jovem alemão Joseph Ratzinger, futuro Papa Bento XVI, com 16 anos, foi obrigado a alistar-se no corpo dos auxiliares para a defesa aérea, conforme ocorria com todos os jovens alemães da época, segundo informações oficiais do Vaticano.

Enquanto os futuros papas se preparavam para dedicar suas vidas a Deus, em 1940, o sacerdote Maximiliano Kolbe foi preso pela Gestapo, a polícia alemã, por incomodar o Terceiro Reich com suas publicações. No ano seguinte, ele foi preso novamente e levado a Auschwitz, onde foi identificado pelo número 16.670.

“O lugar no qual nos encontramos é um lugar da memória, é o lugar do Shoah. O passado nunca é apenas passado. Ele refere-se a nós e indica-nos os caminhos que não devem ser percorridos e os que o devem ser. Como João Paulo II, percorri o caminho ao longo das lápides que, nas várias línguas, recordam as vítimas deste lugar(…) Estou aqui não para odiar, mas para, juntos, amar.” — Bento XVI, maio de 2006.

Reprodução/ Wikipedia
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São Maximiliano Kolbe e Franciszek Gajowniczek, homem salvo por ele do Holocausto


Após a guerra, o sargento Francisco Gajowniczek, salvo da morte por São Maximiliano Kolbe, retornou à sua cidade natal, onde reencontrou sua esposa. Seus dois filhos, porém, haviam sido mortos durante o conflito.

Todos os anos, no dia 14 de agosto, Gajowniczek voltava a Auschwitz, dedicando sua vida a divulgar o ato heroico do Pe. Kolbe. Ele faleceu aos 95 anos, em 13 de março de 1995, em Brzeg, na Polônia, quase 54 anos após ter sido salvo da morte.

A presença em Auschwitz dos papas que viveram os horrores da Segunda Guerra Mundial em “lados opostos” representa a possibilidade de redenção da humanidade, tanto pelas tragédias de ontem quanto pelas de hoje.

As palavras de São João Paulo II, em uma de suas homilias enquanto bispo, conduzem ao caminho da esperança:

“Não podemos ficar esmagados embaixo dessa terrível impressão: temos que olhar para os sinais da fé, como fez Maximiliano Kolbe”.

Fonte: Zenit.org/ Milícia da Imaculada.org.br/ Vatican.va

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