Certamente caro leitor, devoto de Nossa Senhora, você já ouviu falar da história de São Juan Diego, a quem Santa Maria apareceu no Tepeyac, no México, apresentando-se a ele como a Mãe do Verdadeiro Deus, Jesus. Ela tinha uma missão especial para o humilde indiozinho: pedir ao Bispo Zumárraga para construir um templo nesse lugar, para que seus filhos pudessem ir rezar e pedir pelas suas necessidades e Ela as pudesse conceder.
A história conta que San Juan Diego correu com prontidão para falar com o Bispo, quem, em um primeiro momento, não atendeu ao seu pedido. San Juan Diego teve a impressão de que não fora levado a sério, quiçá pela sua humilde condição. Em seu segundo encontro com Nossa Senhora, o santo expressou essa preocupação: quiçá Ela poderia escolher entre os seus filhos alguém mais qualificado, a quem o Bispo levasse a sério, e não a um pobre indiozinho como ele.
Leia MaisVirgem de Guadalupe tem rosto recriado por pesquisador brasileiroA mensagem de Guadalupe e o AdventoO que mais me intriga da resposta de Maria é que ela não contradiz San Juan Diego: é realmente verdade que ele é pequeno e insignificante aos olhos do mundo, e é verdade que Ela tem entre os nobres muitos filhos e servos. Porém, insiste em que tem que ser ele, San Juan Diego, quem deve levar a mensagem ao Bispo.
O desfecho da história todos já conhecem. E se não conhecem, podem buscar na internet o relato intitulado “Nican mopohua”, onde está registrado no detalhe. Simplesmente, quis falar de São Juan Diego porque ele nos lembra que Deus não se deixa levar pelas aparências, mas vê o coração e, muitas vezes, escolhe instrumentos frágeis para ficar mais claro que é Ele, com a Sua Graça, quem leva adiante a obra da Reconciliação da humanidade.
Exemplos na Sagrada Escritura desta lógica de Deus, que contradiz os parâmetros do mundo, existem em abundância: Moisés, Davi, Maria, José, os apóstolos, entre outros. Todos eles, alguns com mais prontidão que outros, cooperam desde a sua pequenez com o Plano de Deus, confiando que não deixará inacabada a obra por Ele mesmo começada.
O que tem a ver tudo isso com a autoestima? Penso que nós, como cristãos, devemos ter claro que os valores do mundo nem sempre coincidem com os valores do Evangelho e que situações de aparente derrota ou humilhação podem ser ocasião para que a graça de Deus atue em nossas vidas e nos transforme. Lembremos o Cântico entoado por Maria na casa da sua prima Isabel, no qual louva a Deus porque levanta os pequenos e humildes, e abaixa os grandes e poderosos da terra.
A inteligência, a simpatia, a boa condição financeira, os títulos, as conquistas pessoais, as diversas habilidades, inclusive as virtudes morais. Tudo isso tem o seu valor, mas é tudo pó comparado com o valor principal que todos possuímos, de sermos criados à imagem e semelhança de Deus e, ainda mais, de sermos, em Cristo, filhos de Deus. Lembrar constantemente desta nossa identidade mais profunda, meditar nela, deveria ser fonte constante de ação de graças a Deus e de alento para continuar nosso caminho com alegria e entusiasmo, com uma sadia e profunda autoestima.
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