A resposta mais direta, do ponto de vista de Cristo – portanto, da nossa livre escolha em seguí-Lo, na Igreja – é, naturalmente, usar de caridade para com o irmão e, apesar das antipatias, tratá-lo bem.
Isto pode ser difícil, mas nunca é impossível. Exige empenho, oração, discernimento e humildade. Mas, por isso mesmo, é uma gigantesca avenida de santificação pessoal.

Santa Terezinha, por exemplo, fez grande esforço para ser agradável a uma freira que dificilmente suportava durante toda a sua vida como religiosa, a ponto desta freira lhe perguntar agradecidamente por que a tratava tão bem, já que não lhe fizera nada de especialmente bom… Não à toa (por muitos outros motivos também), Terezinha foi canonizada, isto é, apontada pela Igreja como exemplo de vida a ser seguido.
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Na prática, é este o caminho. Mas isto não significa adotar, disfarçadamente, uma posição hipócrita, um fingimento de amizade ou algo assim.
Muitas vezes, será prudente não ter contatos muito frequentes com a pessoa, para evitar situações forçadas.
Também não significa que, se verdadeiramente necessário, seja possível evitar algum conflito. Mas, neste caso, é importante ter bem claro que se está discordando de uma ideia ou atitude, e não simplesmente descarregando a raiva contra o “antipático”.
De fato, Cristo odeia o pecado, mas ama os pecadores… a ponto de morrer por nós na Cruz.

Ideia simples, execução difícil. Mas aí entra a vida de oração e participação nos Sacramentos, especialmente a Eucaristia e a Confissão frequentes, pois sem o auxílio das graças de Deus, que recebemos diretamente através deles, não conseguiremos nunca superar as dificuldades nos relacionamentos.
Além disso, talvez nós mesmos sejamos os “antipáticos” gratuitamente de outras pessoas, e nem por isso gostaríamos de ser maltratados também gratuitamente. Sem contar que esta situação nem sempre é, sequer, consciente por parte do antipatizado.
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Quando acontece da antipatia ser mútua, é até mais fácil, de certa forma, evitar os encontros e possíveis atritos, pois não haverá muito interesse em estar com este outro.
Mas na realidade da vida, é comum, por exemplo num ambiente de estudo ou trabalho, termos que lidar diariamente com pessoas que não nos são agradáveis. Não é motivo para desanimar: a bondade de Cristo, que deve ser a nossa, é maior que os conflitos.
Vale a pena rezar por este outro, como Jesus, ao ser crucificado, pediu ao Pai a misericórdia por aqueles que Lhe feriam com os pregos.
Por fim, é fundamental procurar entender o motivo da antipatia. Não sejamos ingênuos de ignorar que existem, sim, pessoas muito desagradáveis, das quais devemos se possível evitar a companhia (“As más companhias corrompem os bons costumes”, cf. 1Cor 15,33). Mas não deixemos de examinar a própria alma, pois o que nos incomoda no outro pode muito bem ser a santidade dele, que não temos.
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