A questão sobre as imagens na Igreja Católica é frequentemente fonte de dúvidas. Essa dúvida é comum, principalmente devido à diferença entre adoração e veneração, conceitos que muitas vezes são confundidos. Por isso, antes de tudo, é essencial compreender a diferença entre adorar e venerar.
Adorar é um ato de culto exclusivo e absoluto, reservado a Deus. O Catecismo (CIC 2096-2097) nos ensina que a adoração é a total submissão a Deus, reconhecendo-O como o Criador e Senhor de tudo.
Adorar a Deus significa entregar nossa vida e nosso coração a Ele. Venerar, por outro lado, significa honrar com grande respeito. No caso dos santos e das imagens, veneramos não a imagem em si, mas o que ela representa.
O Catecismo (CIC 2132) explica que a honra prestada a uma imagem “não é contrária ao primeiro mandamento”, pois a veneração se dirige à pessoa representada pela imagem, e não à imagem como um objeto em si.
O ser humano, desde sempre, utilizou figuras, pinturas e outras formas de representação visual para comunicar o que não pode ser expresso por palavras.
No Antigo Testamento, Deus permitiu o uso de símbolos visíveis como a serpente de bronze e a Arca da Aliança para apontar para a salvação. Essas imagens eram meios de recordar e comunicar aspectos da relação com Deus.
Com a encarnação de Jesus Cristo, no entanto, uma nova perspectiva sobre as imagens foi estabelecida. Antes da vinda de Cristo, o homem não podia ver a face de Deus; mas em Cristo, Deus se fez visível.
O próprio Catecismo da Igreja Católica (CIC 2131) nos ensina que as imagens de Cristo, dos santos e da Virgem Maria são representações que nos ajudam a meditar sobre a realidade divina.
O Papa São João Paulo II, em sua Carta Apostólica Duodecimum Saeculum, n. 11, explica: “A Igreja possui uma longa tradição de veneração dos ícones e das imagens sagradas, e ensina que honrá-los é honrar aqueles que representam. As imagens são um chamado visível que desperta nossa fé e nos aproxima da realidade espiritual”.
Assim, ao venerarmos uma imagem, não estamos adorando a imagem em si, mas nos dirigimos à pessoa representada, especialmente Cristo, Maria e os santos. As imagens na Igreja Católica são muito mais do que objetos decorativos ou artísticos; elas são símbolos que nos ajudam a recordar, meditar e rezar.
Tal como uma fotografia de uma pessoa querida nos faz lembrar o que ela representa para nós, as imagens religiosas nos trazem à memória os santos, os mistérios da fé e, principalmente, a vida de Cristo.
Além disso, as primeiras comunidades cristãs já usavam imagens para transmitir a fé e a devoção. Nas catacumbas de Roma, por exemplo, podemos ver as representações de Cristo como o Bom Pastor e outras imagens que ilustram os principais momentos da vida de Jesus e dos santos. Isso nos mostra que as imagens sempre tiveram uma função catequética, ajudando a transmitir a fé de geração em geração.
A veneração das imagens na Igreja Católica não é idolatria, como alguns podem pensar, mas uma prática que enriquece nossa vida espiritual e nos aproxima das realidades invisíveis de nossa fé.
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