Os estigmas são uma manifestação rara e misteriosa, que a Igreja sempre analisou com cautela e reverência.
As chagas que reproduzem as feridas de Cristo crucificado são um fenômeno místico associado a grandes santos ao longo da história da Igreja. Entre eles, São Francisco de Assis, São Padre Pio e Santa Rita de Cássia se destacam pela experiência com essas marcas de sofrimento, que se relacionam profundamente à sua espiritualidade e proximidade com Cristo.
Para esses santos, as chagas eram mais do que marcas físicas; eram sinais visíveis de uma íntima comunhão com os mistérios da Paixão de Cristo, uma prova de que estavam sendo transformados à imagem do Salvador.
Saiba mais sobre cada um deles!
Um dos primeiros santos a receber os estigmas de quem se tem notícia foi São Francisco de Assis.
Durante um retiro espiritual no Monte Alverne, em 1224, Francisco teve uma visão de um anjo crucificado, após a qual as chagas de Cristo apareceram em seu corpo.
Francisco mantinha essas marcas em segredo, e poucos tinham conhecimento delas em vida, sendo reveladas de maneira mais evidente após sua morte.
Ele também é venerado sob o nome de São Francisco das Chagas, justamente devido aos estigmas que recebeu. As chagas de São Francisco simbolizam sua intensa identificação com o sofrimento de Cristo e sua entrega total a uma vida de pobreza e serviço aos outros, seguindo os passos de Jesus.
Conhecida como a santa das causas impossíveis, Santa Rita também teve uma experiência mística relacionada às chagas de Cristo, embora de maneira diferente.
Em uma visão, ela recebeu uma ferida na testa, representando uma das espinhas da coroa de Cristo. Essa chaga permaneceu em seu corpo pelo resto de sua vida.
A espiritualidade de Santa Rita era marcada pela paciência e resignação, especialmente diante de sofrimentos extremos, como os desafios que enfrentou em sua família e na vida monástica.
São Padre Pio é um dos estigmatizados mais conhecidos dos tempos modernos. Ele recebeu as chagas de Cristo em 1918, também após uma visão de Jesus, e as carregou por 50 anos.
Além das marcas visíveis, Padre Pio também sofreu fisicamente com essas chagas, que exalavam um perfume misterioso, relatado por aqueles que se aproximavam dele.
A experiência de Padre Pio com os estigmas está profundamente relacionada à sua vida de oração intensa, sacrifício e confissão, vivendo uma espiritualidade de imitação de Cristo Crucificado e oferecendo seu sofrimento pela conversão das almas.
Esses santos estigmatizados compartilham uma profunda identificação com o sofrimento de Cristo, o que se reflete em suas vidas de oração intensa, penitência e caridade. A experiência das chagas, para cada um deles, foi uma expressão externa de sua união com Jesus, especialmente em seu sofrimento redentor. Todos buscaram imitar a humildade e a entrega de Cristo, oferecendo suas dores pelas almas e como testemunho do amor divino.
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