Uma das passagens mais conhecidas do Evangelho nos mostra Jesus como filho único gerado por Deus e que foi enviado para nos salvar e que também nos acolhe como irmãos e filhos adotivos de Deus Pai, pois Ele nos livrou de todo o pecado, no mesmo campo em que Adão e Eva foram vencidos, ou seja, como seres humanos. Assim, Jesus se fez homem para vencê-lo.
Leia MaisOs títulos de Jesus: O Filho de DaviPai, o condutor da fé na vida de seus filhosTítulos de Jesus: O Filho do HomemNo Credo Niceno-Constantinopolitano oramos: “Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos”, onde aprendemos aspectos importantes sobre essa relação única entre o Pai criador e Seu Filho salvador.
Cristo é O Filho desde toda a eternidade, e consubstancial (da mesma natureza) ao Pai, e também é Filho encarnado, se tornando a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, assumindo a natureza humana tendo em vista a nossa Salvação, um ato da mais pura obediência e amor.
No Antigo Testamento, "Filho de Deus" é um título dado para o povo eleito, os anjos, aos reis e também aos filhos de Israel. Já no Novo Testamento, é o título do verdadeiro Messias, único gerado por Deus.
"Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: 'Tu és o Cristo, Filho do Deus Vivo!" (Mt 16,16).
O título de Unigênito está reservado - somente e de forma exclusiva - ao Filho gerado por Deus. E nos Evangelhos conseguimos ver esta relação baseada na obediência e Sua missão como o único Redentor, Messias e Sacerdote eterno, revelado para toda a humanidade pelo próprio Deus:
"E veio dos céus uma voz: 'Tu és meu Filho amado de quem eu me agrado'”. (Mc 1,11).
Cristo, a Palavra de Deus
Deus Pai fala de Jesus com muito carinho. Quando Cristo fala do Pai, as suas palavras transbordam de muito afeto, porque Jesus ama profundamente o Pai e sente-se profundamente amado por Ele.
Além da nossa salvação e redenção, Deus quis que Jesus fosse a expressão viva do Seu infinito Amor. Neste artigo para a Família dos Devotos o padre Domingos Sávio da Silva, C.Ss.R., no explica também sobre essa parte da identidade de Jesus como Filho Amado e proclamador das graças de Deus Pai.
“A definitiva Palavra, que continha em Si todas as demais Palavras que o Pai mais desejara nos dizer, a Palavra que continha Seus definitivos planos para nós-humanidade, Ele a diz e revela em Seu 'Filho único'. A partir desse 'Filho único', o plano por excelência do Pai para nós era nossa filiação divina: filhos e filhas d’Ele no Filho”.
E a Virgem Maria ao aceitar a missão em gerar o Salvador no seu ventre humano , como diz o Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 502, é uma confirmação que o único pai de Jesus é o Pai celeste que tinha gerado o Filho na eternidade, e que o gera também no tempo como homem.
“O olhar da fé pode descobrir, tendo em mente o conjunto da Revelação, as razões misteriosas pelas quais Deus, no seu desígnio salvífico quis que seu Filho nascesse de uma Virgem. Estas razões tocam tanto a pessoa e a missão redentora de Cristo quanto o acolhimento desta missão por Maria em favor de todos os homens” (CIC 502)
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