Espiritualidade

Parábola do Filho Pródigo: não sejamos como o filho mais velho

Devemos parar de ser resistentes ao perdão e acolher o irmão arrependido

Escrito por Andreza Galvão

28 MAR 2025 - 16H38 (Atualizada em 28 MAR 2025 - 17H02)

O quarto domingo da Quaresma nos apresenta uma história muito conhecida de Jesus: a do Filho Pródigo. Esta parábola fala de um pai misericordioso, que representa Deus com o seu amor incondicional, e de seus dois filhos. Cada personagem nos ensina algo muito valioso sobre nossa relação com Deus. Ora somos o filho arrependido, ora o filho ressentido com a volta do irmão.

“Mas ele respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que te sirvo, sem jamais desobedecer uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. No entanto, depois que volta este teu filho, que esbanjou tua fortuna com as meretrizes, mandas matar para ele o vitelo gordo’.” (Lc 15,29-30)

Leia MaisDeus nos aguarda, deseja nos abraçarNo Evangelho de Lucas, percebemos o quanto o filho mais velho está ressentido e se sentindo injustiçado diante do acolhimento caloroso e fraterno que o pai faz com o retorno do filho perdido. Ele representa todos aqueles que não entendem a misericórdia divina e guardam mágoa.

Muitas vezes, somos como ele: cumprimos as regras, seguimos as leis, fazemos as nossas obrigações, mas sem amor verdadeiro, portanto, em determinadas situações, sentimos inveja ou julgamos os que erram, como se fôssemos perfeitos.

Quando olhamos para o próximo com um olhar de superioridade, estamos agindo como este primogênito. Mas devemos nos lembrar que não somos juízes e não devemos apontar as falhas dos nossos irmãos, pois também somos pecadores.

“Mas o pai lhe disse: ‘Meu filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu também. Mas era preciso a gente festejar e se alegrar, porque este teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado'”(Lc 15,31-32)

Às vezes buscamos recompensas por fazer o bem e obedecer a Deus, como se merecêssemos algo em troca. Esta atitude é completamente errônea, pois mostra que nossa fidelidade não é por amor, mas por interesse. Quando agimos assim, estamos cegos de rancor e incapazes de nos alegrarmos com o perdão. Neste momento, devemos nos lembrar das palavras de Jesus:

“Eu vos digo: assim também haverá maior alegria no céu por um só pecador que se converte do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão.” (Lc 15,7)

O convite do pai ao filho mais velho para a festa é um chamado à alegria pelo perdão e reconciliação. Isso nos ensina que Deus quer que aprendamos a perdoar e entendamos que Seu amor não funciona baseado no mérito, mas na graça e misericórdia. O filho mais velho também precisava de conversão, assim como nós. Ele não percebeu que, embora perto fisicamente, estava distante do pai espiritualmente.

Que nesta Quaresma, tempo de oração, jejum e caridade, possamos aprender a perdoar e celebrar a misericórdia de Deus na vida dos nossos tantos irmãos e irmãs que necessitam deste acolhimento divino. Não sejamos como este irmão mais velho e, sim, o reflexo deste pai que nos ama plenamente.

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