O Natal se aproxima, e, com ele, as ruas se enchem de luzes, as vitrines exibem ofertas e as pessoas mergulham na correria das festas e dos presentes. Embora presentear a quem amamos seja uma bela tradição, há o risco de perdermos de vista o essencial: o verdadeiro sentido do Natal.
Quando contemplamos, em atitude de oração, a cena do nascimento de Jesus, encontramos uma realidade completamente diferente: uma família pobre que sequer tinha onde acomodar o recém-nascido. Jesus nasceu numa manjedoura, um lugar destinado aos animais, indicando a simplicidade e a humildade de sua vinda ao mundo. Esse contraste é uma mensagem forte, especialmente para os dias de hoje, marcados pelo barulho e pelo consumismo.
O Papa Francisco, em sua homilia de Natal de 24 de dezembro de 2019, afirmou: “Sem os pobres, verdadeiramente não é Natal”. Essa declaração, feita durante a Santa Missa de Natal, destaca que Jesus, ao nascer pobre, revelou o coração de Deus: um Deus que se abaixa para estar próximo de cada um de nós.
Segundo o Papa Francisco, a manjedoura não é apenas um detalhe da história do Natal, mas um sinal cheio de significado. Ela nos fala, em primeiro lugar, de proximidade. A manjedoura, usada para alimentar os animais, simboliza a humanidade voraz que consome tudo à sua volta. Ao nascer nesse cenário, Jesus se apresenta como o alimento que sacia nossa fome mais profunda e convida a humanidade a abandonar sua indiferença e egoísmo.
Em segundo lugar, a manjedoura fala de pobreza. Jesus não nasceu em um palácio ou cercado de riquezas. Nasceu entre Maria, José e pastores, todos humildes e simples. Essa cena destaca as verdadeiras riquezas da vida: amor e presença, não bens materiais. É uma lição clara para nós, que tantas vezes buscamos conforto e segurança em coisas efêmeras, esquecendo-nos de valorizar o essencial. Jesus nasce pobre para nos mostrar que só um coração humilde pode abrir-se ao mistério do amor de Deus.
Deus não se limitou a palavras ou promessas abstratas; Ele veio ao mundo de forma palpável, encarnando-se na simplicidade. Somos chamados, portanto, a viver uma fé concreta, traduzida em atos de caridade e justiça.
Valorizar o essencial – Em meio à correria e ao consumismo que marcam este tempo, o nascimento de Jesus nos lembra que o mais importante não está nos presentes ou nas festas, mas no amor que partilhamos e na presença de Deus em nossas vidas.
Abraçar a pobreza do coração – Jesus nos ensina que a verdadeira riqueza está na humildade e na capacidade de nos desprendermos do supérfluo para encontrar Deus e o próximo. Isso inclui reconhecer nossa própria fragilidade e dependência da graça divina.
Viver o amor em obras concretas – O Natal nos convida a ir além das palavras e intenções, colocando o amor em ação. Pequenos gestos, como ajudar quem está em necessidade ou oferecer companhia a quem está sozinho, tornam a nossa fé viva e autêntica.
Assim como os pastores de Belém, somos chamados a aproximar-nos do Menino Jesus com um coração cheio de alegria. Eles foram os primeiros a testemunhar o nascimento de Jesus porque tinham humildade e simplicidade para contemplar o maior mistério: Deus feito homem.
Neste Natal, somos convidados a reencontrar o verdadeiro sentido dessa celebração, aprendendo com a pobreza e a simplicidade de Cristo.
Arquidiocese de Goiânia recebe novo bispo auxiliar
Aos 47 anos, o Monsenhor será o terceiro bispo auxiliar da capital goiana.
12 catequeses da Audiência Geral do Papa para rever!
Durante o ano, o Santo Padre ensinou a todos sobre o Espírito e a Esposa. Seja catequizado em 12 momentos:
Jesus realmente nasceu em 25 de dezembro?
Qual o motivo para a Igreja celebrar o Natal nesta data?
Boleto
Carregando ...
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Carregando ...
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.