Todo 19 de março celebramos na Igreja inteira a Solenidade de São José, o casto esposo da Virgem Maria. É uma das poucas celebrações de santos que realizamos durante o tempo da Quaresma, e traz a sensação de uma “pausa momentânea” deste tempo litúrgico, pois os nossos corações se rejubilam de alegria ao celebrar este grande santo.
Vale a pena, portanto, refletirmos sobre o que São José pode nos ensinar hoje e como as virtudes que ele viveu de forma tão extraordinária podem inspirar-nos a percorrer o caminho de santidade ao qual todos somos chamados. Nessa pequena reflexão, gostaria de me centrar em duas das virtudes que se destacam na vida de São José: a pureza e o discernimento espiritual.
Em primeiro lugar, não é nenhuma surpresa que a pureza seja destacada como uma das virtudes de São José que podem inspirar-nos hoje. Vivemos num mundo e numa sociedade que idolatram o sexo e colocam o prazer sensual como necessidade para alcançar a felicidade. Como Jacques Philippe diz, “a ausência de pureza de coração no uso da sexualidade, a mercantilização dos corpos, a hipererotização das relações interpessoais, o desaparecimento da menor noção de pudor e castidade na mídia e a perda das referências quanto ao sentido da sexualidade humana trazem consequências absolutamente dramáticas paras as pessoas” (A felicidade onde não se espera, p. 157). Diante de tal realidade, a pureza de São José chama profundamente a atenção.
Tendo sido escolhido por Deus para ser o esposo da Santíssima Virgem Maria, São José a respeitou em todo momento, cuidando dela e preservando a nova Arca da Aliança. Em nenhum momento ele a usou como um objeto, mas soube que ela, sendo a Mãe de Deus, tinha sido consagrada, separada, para Deus, e unicamente para Ele. Essa pureza, que foi muito além do âmbito sexual somente, também permitiu a São José viver uma das bem-aventuranças que seu Filho terreno iria pronunciar mais tarde na vida: “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt. 5, 8).
Outra virtude que podemos encontrar em São José é a virtude do discernimento espiritual. O livro 'O discernimento' fala sobre esta virtude como “arte de comunicação entre Deus e o homem e de compreensão recíproca” (p. 11).
Pensemos no momento pós-Anunciação, quando São José é visitado pelo Anjo do Senhor em um sonho, em que lhe fala para não ter medo em receber Maria; ou no episódio depois da visita dos magos, em que novamente São José tem um sonho através do qual o Anjo do Senhor lhe fala para fugir para o Egito com Maria e Jesus; e finalmente nos sonhos onde São José é avisado para retornar a Israel, mas sem ir para a região da Judeia. Em todos esses momentos, São José teve que entrar em comunicação profunda com Deus e discernir a vontade amorosa d’Ele.
Quanto nos falta hoje essa arte de comunicação entre Deus e nós! Tantas vezes procuramos e queremos respostas rápidas, mas muitas vezes Deus não age desta forma; Ele quer que nós entremos em diálogo com Ele, buscando a Sua face e a Sua vontade e, nesse espaço de encontro entre Deus e nós, Ele nos revelará essa vontade, assim como fez com São José.
Que possamos olhar para São José, o casto e puro esposo da Virgem Maria e homem de discernimento espiritual, e aprender dele essas virtudes tão importantes para a nossa vida hoje.
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