Nesse tempo de isolamento social por causa da pandemia, tivemos oportunidades para refletir sobre algo muito perto de nós, que é a nossa condição humana.
Fizemos descobertas e constatações de riquezas e pobrezas, de grandeza e pequenez. À medida que vão flexibilizando, ansiosos, não vemos a hora de poder voltar à normalidade, porque recebemos a vacina e fomos vencedores, mais uma vez, com o auxílio da Ciência. Só nos resta uma avaliação objetiva quanto ao aprendizado, nessa longa experiência, jamais planejada, a que fomos submetidos.
Foi uma experiência de contingência e de limites, no mais amplo e profundo do existir. Tivemos de lidar com as inseguranças e medos, a proximidade da doença e a realidade da morte. Estivemos ao lado de pessoas e de famílias inteiras que viveram a experiência da perda de membros, familiares e amigos. Foi uma fase na história com muita dor, angústias e sofrimentos. Muitos entre nós enfrentaram na própria pele a doença, e seus depoimentos são comoventes.
Temos, hoje, clareza de que ainda não acabou a pandemia, mas confiamos que não vamos mais regredir desse estágio em que chegamos. É necessário ouvir o que as autoridades da saúde, que amam a vida, têm a nos orientar. É preciso fazer a nossa parte no que se refere à proteção para evitar a propagação do vírus, com novas cepas e variantes, como temos escutado dos especialistas.
Mas o apelo seguinte será no sentido de sair da bolha, isto é, sair de si e categorizar como aprendizado humano o que experimentamos. Que nos favoreça à abertura ao valor da vida, ao reconhecimento do próximo com mais empatia e solidariedade. Do contrário, de nada teria valido a pena tudo o que passamos. Foi-nos dada a chance para despertar a consciência para uma realidade nova, para uma humanidade capaz de sonhos e novas atitudes, com coragem para ir além, para deixar de lado antigos jeitos e vícios de mentalidade. O passo seguinte é para que sejamos diferentes na maneira de nos relacionar e conviver.
Leia MaisPara matar a sedeOs desafios que clamam ao céu em nossos dias são a partir das consequências práticas na ordem do dia. Muitas famílias, muitos irmãos têm de enfrentar a realidade da fome, do desemprego, pela carestia de vida, pela situação de marginalização e pobreza. O mergulho existencial que fizemos, pela COVID-19, foi para perscrutar a nossa forma de viver.
Um novo modo de despertar agora é preciso. A condição humana, a consciência da realidade histórica, o apreço ao próximo e semelhante, o valor da dignidade das pessoas tem de ser a diretriz para redesenhar os projetos sociais e culturais, para o plantio de novas maneiras de encarar a própria vida, com mais empatia e solidariedade.
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