Santo Agostinho é um dos mais importantes santos da Igreja Católica. Teríamos muito o que falar sobre o sua vida, sua obra e seus pensamentos. Ele possui uma influência muito grande em todo o pensamento católico, tendo feito uma síntese entre o pensamento grego (principalmente de Platão) e a fé cristã, mostrando que, desde os primeiros séculos da nossa era, já existia um esforço grande por mostrar que a fé e a razão não podem se contrapor, mas que caminham juntas em busca da verdade.
Uma de suas frases mais conhecidas se encontra em sua autobiografia, intitulada Confissões: “nos fizeste para ti, Senhor, e nosso coração está inquieto enquanto não encontrar em Ti descanso”. Ela parece introduzir bem o que foi a vida deste santo, que se esforçou durante muito tempo para encontrar-se com a verdade, buscando-a em lugares onde não estava, até que, com sua conversão, pôde finalmente “descansar em Deus", que é a mesma verdade.
:: Santo Agostinho e seu pensar teológico
Em outro momento de sua obra, dizia: "Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Eis que estavas dentro e eu fora. Estavas comigo e não eu contigo. Exalaste perfume e respirei. Agora anseio por Ti. Provei-Te, e tenho fome e sede. Tocaste-me e ardi por Tua paz”. Podemos ver aí como o encontro com Deus muda radicalmente a perspectiva de vida da pessoa.
Sabemos que um papel importante na conversão de Agostinho foi exercido por sua mãe, Santa Mônica, que rezava fielmente enquanto via seu filho errar pelos caminhos da vida, até finalmente encontrar o único caminho capaz de dar-lhe a paz tão desejada. Outra pessoa importante foi o bispo Santo Ambrósio, de quem Agostinho escutou vários sermões que o questionaram, fazendo-o ver que a fé católica não é desprovida de razão, mas vai muito além dela.
Os dois exemplos nos mostram a importância de rezar e anunciar, com sinceridade e firmeza, o encontro que nós católicos possuímos com Jesus. Todas as pessoas possuem em seu interior o mesmo desejo de Agostinho de descansar em Deus e, mesmo que não o digam, mesmo que o neguem, se estão longe de Deus, seu interior está ainda inquieto. Talvez essas pessoas só percebam que lhes falta algo ao notar que nós temos esse “algo a mais”. Por isso é tão importante dar testemunho sincero da nossa fé. As pessoas que estão longe de Deus precisam disso, assim como Agostinho precisava que a mãe permanecesse fiel e que Ambrósio lhe mostrasse as “águas mais profundas” da fé.
:: A mentira por Santo Agostinho
Agostinho era um mestre em retórica, o que quer dizer que ele falava muito bem. As pessoas gostavam de escutá-lo. Isso se vê, de maneira especial, em seus textos, que também são muito bons de se ler. Prova disso é a imensa quantidade de citações que se pode encontrar a respeito do santo quando estamos navegando pela internet. Em uma dessas citações, ele nos mostra que a melhor maneira de dar glória a Deus é fazendo da nossa vida uma vida santa: “Quereis cantar louvores a Deus? Sede vós mesmos o canto que ides cantar. Vós sereis o seu maior louvor, se viverdes santamente”.
E Santo Agostinho colocou em prática essa frase em sua própria vida, sendo bispo de Hipona, pastoreando os fiéis que lhe foram confiados em uma época conturbada da história, em que Roma, que durante muito tempo foi o império mais poderoso do mundo, estava caindo nas mãos dos bárbaros. Ser santo sempre implicou - e sempre implicará - ser um sinal de contradição no meio onde se vive. Agostinho morreu em Hipona, firme na fé, enquanto os vândalos cercavam a cidade, no ano de 430.
Muito devemos a esse filósofo, teólogo, bispo, santo. Agradeçamos a Deus pelo dom de sua vida e peçamos a graça para que possamos, nós também, dar glória a Deus com uma vida cada vez mais santa!
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