Atanásio nasceu em Alexandria do Egito, no ano de 296; e desde pequeno acreditava em uma boa educação e que um bom teólogo deve ser também um bom cristão. Em 319 foi ordenado diácono pelo bispo Alexandre.
Atuou como diácono, secretário e assessor do bispo Alexandre, e em 325 teve a oportunidade de participar do I Concílio Ecumênico de Niceia, que condenou a heresia ariana, a qual afirmavam que Cristo não tinha a mesma santidade do Pai, sendo inferior a Ele.
Atanásio junto do bispo Alexandre expuseram todos os erros dos hereges, condenando irrevogavelmente seus falsos ensinamentos. Afirmando que Deus era Uno e Trino, ensinando que Deus Pai, Seu Filho Jesus Cristo e o Espírito Santo, são um só Deus e um só Senhor.
Ele foi um dos grandes responsáveis na luta para que a Igreja Católica retomasse o caminho apontado e definido pelos Apóstolos. A partir de seus discursos empolgantes, argumentação bíblica brilhante e a lucidez da doutrina, o desempenho do religioso foi essencial na defesa e manutenção da ortodoxia cristã. Apontou um por um os erros históricos e dogmáticos dos hereges, conquistando a vitória para a causa católica e, consequentemente, o ódio profundo dos arianos.
A partir disso, definiu-se o “Credo”, a oração na qual professamos nossa fé e rezamos até hoje. Esta oração teve duas versões na história, e a de Santo Atanásio iniciava assim: “Quem quiser salvar-se deve antes de tudo professar a fé católica. Porque aquele que não a professar, integral e inviolavelmente, perecerá sem dúvida por toda a eternidade”.
Três anos depois do I Concílio Ecumênico de Niceia, diante da morte de bispo Alexandre, o povo e o clero nomearam Atanásio como seu sucessor. Seu bispado durou 46 anos, desses, viveu 17 anos no exílio, por causa de perseguições promovidas pela influência de arianos. Com fé e paciência saiu vencedor dessas perseguições.
Nos seus últimos anos, o bispo cuidou dos prejuízos causados à sua Sé. Retomou seus escritos e pregações, consolidando as conclusões do Concílio de Niceia sobre a divindade de Cristo e a Trindade. Em 373, tendo consagrado seu sucessor, Pedro II de Alexandria, morreu no dia 2 de maio.
“A sinodalidade na vida eclesial faz as pessoas caminharem juntas, sempre em atitude de abertura ao Espírito Santo que ilumina os fieis a viverem a unidade com o Filho e com o Pai. Santo Atanásio ajudou ao seu irmão no episcopado Serapião, que recorreu a ele, diante do grupo dos trópicos que negavam a divindade do Espírito Santo. Santo Atanásio teve o espírito sinodal porque colocou a fé apostólica que vinha de Cristo e dos apóstolos, afirmando a divindade do Espírito Santo”, disse Dom Vital Corbellini, Bispo de Marabá (PA).
Atanásio foi inserido entre os célebres padres da Igreja, um dos grandes escritores eclesiásticos, foi canonizado e também declarado “Doutor da Igreja”.
Rezemos o Credo de Santo Atanásio, com suas 41 frases,
reafirmando nossa fé católica no Deus Trino de Amor
Quem quiser salvar-se deve antes de tudo professar a fé católica.
Porque aquele que não a professar, integral e inviolavelmente,
perecerá sem dúvida por toda a eternidade.
A fé católica consiste em adorar um só Deus em três Pessoas e três Pessoas em um só Deus.
Sem confundir as Pessoas nem separar a substância.
Porque uma só é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo.
Mas uma só é a divindade do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, igual à glória,
coeterna a majestade.
Tal como é o Pai, tal é o Filho, tal é o Espírito Santo.
O Pai é incriado, o Filho é incriado, o Espírito Santo é incriado.
O Pai é imenso, o Filho é imenso, o Espírito Santo é imenso.
O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno.
E, contudo, não são três eternos, mas um só eterno.
Assim como não são três incriados, nem três imensos, mas um só incriado e um só imenso.
Da mesma maneira, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente.
E, contudo, não são três onipotentes, mas um só onipotente.
Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus.
E, contudo, não são três deuses, mas um só Deus.
Do mesmo modo, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor.
E, contudo, não são três senhores, mas um só Senhor.
Porque, assim como a verdade cristã nos manda confessar que cada uma das Pessoas é Deus e Senhor,
do mesmo modo a religião católica nos proíbe dizer que são três deuses ou senhores.
O Pai não foi feito, nem gerado, nem criado por ninguém.
O Filho procede do Pai; não foi feito, nem criado, mas gerado.
O Espírito Santo não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procede do Pai e do Filho.
Não há, pois, senão um só Pai, e não três Pais; um só Filho, e não três Filhos;
um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos.
E nesta Trindade não há nem mais antigo, nem menos antigo, nem maior, nem menor,
mas as três Pessoas são coeternas e iguais entre si.
De sorte que, como se disse acima,
em tudo se deve adorar a unidade na Trindade e a Trindade na unidade.
Quem, pois, quiser salvar-se, deve pensar assim a respeito da Trindade.
Mas, para alcançar a salvação, é necessário ainda
crer firmemente na Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A pureza da nossa fé consiste, pois, em crer ainda
e confessar que Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e homem.
É Deus, gerado na substância do Pai desde toda a eternidade;
é homem porque nasceu, no tempo, da substância da sua Mãe.
Deus perfeito e homem perfeito, com alma racional e carne humana.
Igual ao Pai segundo a divindade; menor que o Pai segundo a humanidade.
E embora seja Deus e homem, contudo não são dois, mas um só Cristo.
É um, não porque a divindade se tenha convertido em humanidade, mas porque Deus assumiu a humanidade.
Um, finalmente, não por confusão de substâncias, mas pela unidade da Pessoa.
Porque, assim como a alma racional e o corpo formam um só homem,
assim também a divindade e a humanidade formam um só Cristo.
Ele sofreu a morte por nossa salvação, desceu aos infernos e ao terceiro dia ressuscitou dos mortos.
Subiu aos Céus e está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
E quando vier, todos os homens ressuscitarão com os seus corpos, para prestar conta dos seus atos.
E os que tiverem praticado o bem irão para a vida eterna, e os maus para o fogo eterno.
Esta é a fé católica, e quem não a professar fiel e firmemente não se poderá salvar”.
Amém!
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Fonte: A12, O fiel Católico, Arsenal Católico, Montfort, Santo Del Giorno
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