No dia 29 de Setembro, somos convidados a celebrar a memória de São Miguel, São Gabriel e São Rafael. Sempre que falamos sobre os anjos, ficamos com uma pergunta: "Como eles podem nos ajudar?" Certo?
Em 2017, o Papa Francisco convidou-nos a meditar na ação conjunta que temos com os anjos. “Nós e os anjos temos a mesma vocação: cooperar com o desígnio de salvação de Deus; somos, por assim dizer; ‘irmãos’ na vocação”.
Um ângulo interessante para aprofundar nesta missão conjunta é a significação dos nomes de cada um deles na língua hebraica.
Comecemos:
Leia MaisO que a Bíblia Sagrada fala sobre os Arcanjos?“Rafael”, por exemplo, significa “cura de Deus” ou “Deus cura”. Em hebraico: cura (rapha -רפא), Deus (El -אל). Tanto é que a palavra “médico”, em hebraico, diz-se Rophe (רופא). Com essa função medicinal é que ele aparece no Livro de Tobias (Tb 12,15). Por isso, sua invocação nesse sentido seria mais apropriada.
“Gabriel” significa “Minha força está em El (Deus)”, “Força de Deus” ou “El é forte”, em hebraico גבריאל Gabriy’el, Deus (El -אל) e גבר geber, que significa guerreiro (enfatizando força ou habilidade para lutar). Quando o anjo tem a missão de anunciar a Maria a vinda de Jesus, percebe-se essa conotação, que às vezes nos escapa. O guerreiro de Deus veio nos dar o Verdadeiro homem, Cristo, nossa Fortaleza.
O nome “Miguel”, por outro lado, tem uma composição um pouco maior: מיכאל Miyka’el, Mi - Quem (מי); Ca - como (כ); El - Deus (אל), o que significa: “Quem como Deus?” Parece uma pergunta sem resposta, mas, na verdade, é uma resposta à pretensão demoníaca de querer ser como Deus de maneira vaidosa, como “um certo outro anjo”. Explicando melhor: é um nome que evoca a humildade e, portanto, a melhor arma espiritual diante dos combates pela nossa salvação.
Aprofundando um pouco mais nessa missão conjunta dos anjos, é interessante observar São Miguel no Livro do Apocalipse. No capítulo 12, podemos ler que: “aparece um grande sinal no céu”; é uma citação muito conhecida por nós, pois é onde aparece a Mulher vestida com o sol e o Dragão, muitas vezes lida nas memórias litúrgicas marianas. Acontece uma batalha e, no versículo 7, encontramos Miguel guerreando contra o Dragão. E o Dragão é derrotado e expulso do céu, sendo claramente identificado como Satanás.
O interessante para nós é perceber que podemos ver, na figura desta mulher que está dando à luz, a imagem da Igreja Católica, que dá à luz novos cristãos a cada vez que concede o Sacramento do Batismo e, justamente por isso, é atacada pelo demônio. Por isso, na Teologia fala-se que existe uma íntima conexão entre Mariologia e Eclesiologia. Maria, Mãe de Deus, Maria Mãe da igreja, Igreja-Virgem e Mãe.
Voltando ao texto, cabe a São Miguel a expulsão do demônio, e no versículo 10 fica claro de onde vem o poder angélico: “Agora realizou-se a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo”, frase que ecoa João 12,31, que diz: “Agora é o julgamento deste mundo, agora o príncipe deste mundo será jogado fora”. Neste trecho, fica explicado que isto acontece por causa do sacrifício da Cruz de Jesus.
Poderíamos, então, invocar os anjos como ajuda nas nossas batalhas espirituais, pedindo cura e fortaleza concretas pois, pela vitória conquistada por Jesus na cruz, podemos ter a certeza de que o demônio, apesar de sua insistência, não é o mais forte, e Deus já o venceu. Cabe a nós, agora, perseverar e apropriar-nos daquilo que já temos em germe desde o nosso batismo, pois a participação da vida divina, que começou no batismo, pode ser roubada de nós pelo demônio e por nossos pecados.
Não deixemos que isto aconteça e peçamos a intercessão do anjos para os nossos combates. “Eis que venho em breve, e a minha recompensa está comigo, para dar a cada um conforme as suas obras. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Começo e o Fim. Felizes aqueles que lavam as suas vestes para ter direito à árvore da vida e poder entrar na cidade pelas portas”. (Ap 22, 12-14).
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