“A nossa vocação é para a santidade, ausência de pecado e união na caridade”.
O refrão da canção religiosa que cantamos em nossas comunidades e que acima colocamos, nos motiva a entender a solenidade que marca o primeiro domingo do mês de novembro. Neste dia em a Igreja Católica se enche de alegria ao celebrar a Solenidade de Todos os Santos, daqueles que foram e dos que não foram canonizados, mas que, com sua vida, são um forte exemplo de que a santidade é possível.
Assim nos diz o Catecismo da Igreja Católica: “Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: ‘Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito’ "(Mt 5,48).
Leia Mais4 dicas para você comemorar o Dia de Todos os SantosCada cristão carrega dentro de si o dom da santidade dado por Deus, como nos diz a Carta de São Paulo aos Efésios:
“Deus nos escolheu em Cristo, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos, no amor” (Ef 1,4).
O desejo da Igreja ao instituir a festa e a devoção a Todos os Santos é chamar aos fiéis de todas as categorias para o seguimento de Cristo Jesus, buscando inspiração no exemplo de Todos os Santos e Santas de todos os tempos, sejam eles conhecidos ou não.
Esta comemoração deve levar os fiéis a se lembrarem de que são chamados à santidade, mesmo que levem uma vida oculta e desconhecida. O que importa é viver a santidade, pois assim, o mundo será sempre melhor.
A solenidade de Todos os Santos nos traz ainda uma a convicção não menos importante: nós já vivemos a Comunhão dos Santos. Os fiéis que ainda estão neste mundo, recebem a intercessão dos Santos que estão no céu.
Tanto nós, que estamos na terra, quanto aqueles que já estão no céu, fazemos parte de um só corpo: o Corpo Místico de Cristo. Todos os Santos, que já estão na glória de Deus, querem que nós também alcancemos a vitória e o bem supremo, que é a vida eterna na presença maravilhosa de Deus.
Os muitos santos canonizados ao longo da história da Igreja, e também no século XXI, como Frei Galvão, por exemplo, são a prova mais visível de que a vocação à santidade é possível. Assumir essa vocação não é só uma obra pessoal, mas parte do projeto de Deus, sendo possível somente com a graça d’Ele, ou seja, não se pode ter a pretensão de querer ser santo pelas próprias forças.
Terminando esta reflexão sobre nossa vocação comum, deixamos aqui um lembrete e uma recomendação do Papa Francisco que assim afirmou "A santidade é um dom de Deus que recebemos no Batismo", disse ele, enaltecendo que, "se deixarmos crescer, esse dom, ele pode mudar completamente nossa vida" (cf. Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate, 15) a ponto de nos levar a alcançar a plenitude da vida cristã.
Portanto, "os santos não são heróis inalcançáveis ou distantes, mas são pessoas como nós", completou o Papa Francisco, ao alar que a santidade cresce a partir do dom que cada um recebeu.
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