“Compreendei bem isto: se o dono da casa soubesse em que hora viria o ladrão, não o deixaria arrombar sua casa. Vós também, ficai preparados, porque na hora que não pensais, o Filho do homem virá!” (Lc 12, 39-40)
Leia MaisOs títulos de Jesus: A Videira VerdadeiraOs Títulos de Jesus: O SenhorAo ler esta passagem de São Lucas da liturgia de hoje e outras do Evangelho, muitos de nós já fizemos essa pergunta: Por que Jesus, sendo Deus, tanto se referiu como “Filho do Homem”?
Já no Antigo Testamento, Daniel profetizou a natureza humana e divina de Jesus, que oferece a salvação para todos nós. Ele instaura um novo reino, que é eterno. Esse termo indica a íntima ligação de Jesus com o gênero humano, sendo Ele mesmo perfeito homem e homem perfeito.
“Em imagens noturnas, tive esta visão: entre as nuvens do céu vinha Alguém como um filho de homem. Chegou até perto do Ancião e foi levado à sua presença. Foi-Lhe dado poder, glória e reino, e todos os povos, nações e línguas O serviram. O seu poder é um poder eterno, que nunca Lhe será tirado. E o seu reino é tal que jamais será destruído.” (Dn 7,13-14)
Cristo como Filho de Deus veio do Céu; recebeu do Ancião (Deus Pai) poder eterno, glória e reino; todos os povos o servem (devemos servir, no sentido de adorar, só a Deus).
E em sua natureza humana, Ele se formou no seio de uma mulher e tem forma e natureza humanas; é como “um filho de homem”.
O próprio Jesus dá a si mesmo este título. Ele, sendo Deus, assume, em plenitude, a natureza humana. Mesmo sendo Deus, rebaixou-se, humilhando-se; diminui-se a ponto de nascer e viver em tudo como nós, exceto no pecado (Hb 4,15).
No Novo Testamento, encontramos a expressão “Filho do Homem” pelo menos 88 vezes, 80 delas nos Evangelhos. Ele estava proclamando ser o Messias. Jesus era Deus totalmente (Jo 1,1), mas Ele também era homem (Jo 1,14).
O Padre Ferdinando Mancílio, C.Ss.R., nos fala a razão de Cristo ter usado tantas vezes esse título.
“Jesus gostava muito desse título, porque Ele mostra quem Ele é, Deus que se fez humano, justamente para humanizar nossa humanidade, nossa primeira vocação. Quando condenado pelo tribunal, Jesus assumiu este nome e foi declarado réu de morte pelos sumos sacerdotes. Ao ser interrogado, Jesus respondeu: 'Vocês verão o Filho do Homem sentado à direita do Pai'”.
Heresia derrubada pela Igreja
Padres e Bispos da época estavam seguindo o conceito do monofisismo, onde afirmavam que Jesus tinha somente a natureza divina, e que não era verdadeiro homem. Assim, sua condição de homem seria apenas uma aparência. A natureza humana de Jesus não seria como a nossa. Ele seria como uma espécie de fantasma materializado.
Para esclarecer de vez e derrubar essa heresia, foi convocado o Concílio de Calcedônia (ano 451 d.C.). Nessa reunião de bispos, o Papa São Leão Magno expôs o ensinamento correto sobre as duas naturezas de Cristo.
“O Senhor do Universo assumiu a condição de servo, velando a imensidade de sua majestade. Dignou-se o Deus impassível tornar-se homem passível e o imortal submeter-se à lei da morte. Vem à luz por novo nascimento, porque a virgindade inviolada, que ignorava a concupiscência, ministrou-lhe a matéria corporal. Recebeu o Senhor de sua mãe a natureza, mas isenta de culpa”, diz o Concílio que também citou que Jesus teve sofrimentos físicos assim como nós humanos.
“Ter fome, ter sede, estar cansado e dormir evidentemente é humano. Mas, saciar com cinco pães cinco mil homens (Jo 6, 12) e dar à samaritana a água viva (Jo 4, 10), que não deixa mais ter sede quem a beber, andar sobre as ondas do mar a pé enxuto (Mt 14,25) e acalmar o furor dos vagalhões, falando imperiosamente à tempestade (Lc 8, 24) é sem dúvidas algo divino. (...)”
Jesus ao usar esta expressão com letra maiúscula estava fazendo referência a alguém específico, como se dissesse “Aquele que é filho do Homem”, ou ainda “Aquele que é como um ser humano”. Mas quem é esse “Aquele” a quem Jesus estava fazendo esta referência? Este é aquele de quem fala o Profeta Daniel que é homem e Deus ao mesmo tempo.
Portanto, Jesus ao intitular-se “Filho do Homem” estava, de maneira pedagógica, conduzindo seus discípulos a entenderem quem Ele realmente era: Homem e Deus.
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