Vale a pena observar que sua diversidade é tão ampla quanto são diversas as pessoas: pelo seu caráter, origem, história pessoal, ministério.
Ao dirigir nossa atenção sobre os padres da Igreja, nos primeiros séculos do Cristianismo, não é difícil perceber como eles foram garantes da unidade e da comunhão eclesial. Ainda mais, ao considerar as limitações nos meios de transporte e de comunicação na época, resulta impressionante o alcance do ministério deles para além das suas localidades. Eles foram realmente mestres da fé e guardiões da Nova Aliança estabelecida em Cristo.
Ao mesmo tempo, vale a pena observar que sua diversidade é tão ampla quanto são diversas as pessoas: pelo seu caráter, origem, história pessoal, ministério. No entanto, os Padres da Igreja experimentaram uma profunda e autêntica unidade: a fé no Deus verdadeiro revelado em Jesus Cristo, o Filho do Pai Eterno, que instituiu a missão da Igreja pelo envio do Espírito Santo.
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No aspecto mais literário, um importante autor o tematiza assim: “O africano Cipriano não reage como Hilário, natural de Poitiers; os gregos possuem uma sensibilidade, uma energia filosófica que lhes permitem superar a maioria dos latinos. E sem falar da emoção, do lirismo dos sírios, de um Efrém, por exemplo”*.
Outro fator de diversidade são as épocas nas quais encontramos os padres servindo à coesão do Corpo místico de Cristo, a Igreja. No estudo patrístico, os estudiosos consideram que, desde as origens até a Patrística tardia, transcorreram perto de 7 séculos (de 90 a 750 dC). Costuma-se classificar os padres em três etapas:
Das Origens ou Pré-nicena: de 90 a 325 d.C.
A Idade de Ouro ou Alta patrística: de 325 a 451 d.C.
O Declínio ou Patrística tardia: de 451 a 750 d.C.
Isso tudo permite perceber o belo desafio que significa o estudo dos padres da Igreja. Pois, ao mesmo tempo que manifestam uma profunda unidade na autêntica experiência da fé, testemunham a diversidade e riqueza inerentes à identidade particular de cada um deles no seu contexto específico.
* Adalbert HAMMAN. Os Padres da Igreja. 1985.
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