Durante a Via Sacra algumas pessoas foram tocadas pela presença de Jesus. Algumas delas, mesmo em circunstâncias improváveis, encontraram ali o caminho de conversão e santidade.
Pessoas que se tornaram testemunhas vivas de que, no caminho da cruz, a graça pode nascer nos corações. A seguir, conheça quatro figuras que se tornaram santas a partir desse encontro com Cristo em seu caminho de entrega e dor.
1. São Longuinho — o centurião que reconheceu Jesus como Filho de Deus
Longuinho foi o centurião romano encarregado de perfurar o lado de Jesus com uma lança, após a crucificação.
Nos Evangelhos vemos que ele, ao testemunhar a morte de Cristo e os sinais que a acompanharam, pois do lado aberto de Jesus jorrou sangue e água, disse: “Na verdade, este homem era filho de Deus!” (Mc 15,39)
A tradição afirma que, tocado por esse momento, ele se converteu e passou a seguir os Jesus, tornando-se mártir e santo.
2. São Dimas — o bom ladrão que ganhou o Paraíso
Crucificado ao lado de Jesus, São Dimas foi o único a defender Cristo naquele momento extremo. Enquanto o outro ladrão zombava, Dimas reconheceu a inocência de Jesus e pediu humildemente: “Jesus, lembra-te de mim quando vieres com teu Reino”. (Lc 23, 42)
A resposta de Jesus foi imediata e poderosa: “Jesus respondeu-lhe: “Na verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso”. (Lc 23,43) Dimas se tornou o símbolo do arrependimento verdadeiro e da misericórdia divina, mostrando que nunca é tarde para a salvação. Ele foi, segundo a tradição, o primeiro santo canonizado e pelo próprio Cristo.
3. Santa Verônica — a mulher que enxugou o rosto de Jesus
Verônica não aparece nos Evangelhos canônicos, mas a tradição a reconhece como a mulher que, movida pela compaixão, atravessou a multidão e ofereceu um pano para enxugar o rosto ensanguentado de Jesus.
Conta-se que, como sinal do gesto, a imagem do rosto de Cristo ficou estampada no tecido.
4. Simão de Cirene — o homem que carregou a cruz com Jesus
Simão foi retirado da multidão e forçado a ajudar Jesus a carregar a cruz rumo ao Calvário. A princípio, ele pode não ter compreendido a grandeza daquele momento, mas a tradição sugere que esse contato com Cristo transformou profundamente sua vida.
Os Evangelhos mencionam os nomes de seus filhos, Alexandre e Rufo, o que pode indicar que sua família se tornou cristã.
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