Formação

Dogmas da Igreja: Cristo subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai

Escrito por Letícia Dias

29 FEV 2024 - 15H39 (Atualizada em 29 FEV 2024 - 16H28)

Domínio Público

Na Igreja Católica há 43 verdades de fé, conhecidas como dogmas. Neste percurso que vínhamos trilhando nos aprofundamos sobre os Dogmas de Jesus Cristo. 

Se você não acompanhou, aproveite e confira ou releia:

1. Jesus Cristo é verdadeiro Deus e Filho de Deus por essência;

2. Jesus possui duas naturezas que não se transformam nem se misturam;

3. Cada uma das naturezas em Cristo possui uma própria vontade física e uma própria operação física;

4. Jesus Cristo, ainda que homem, é Filho natural de Deus;

5. Cristo imolou-se a si mesmo na cruz como verdadeiro e próprio sacrifício;

6. Cristo nos resgatou e reconciliou com Deus por meio do sacrifício de sua morte na cruz.

7. O terceiro dia depois de sua morte, Cristo Ressuscitou dentre os mortos

Hoje chegamos ao oitavo dogma a respeito de Jesus, que afirma o seguinte: Cristo subiu em corpo e alma aos céus e está sentado à direita de Deus Pai.

Após ressuscitar dos mortos, Nosso Senhor Jesus Cristo passou 40 dias junto aos seus discípulos. Logo após, ocorreu um episódio chamado de Ascensão. Nela, Jesus se eleva em corpo e alma e dirige-se até o Pai.

A afirmação de que Ele está sentado à direita do Pai diz respeito a um lugar de honra, mas também de autoridade, justamente por ser ao lado de Deus.

“Só Aquele que «saiu do Pai» pode «voltar para o Pai»: Cristo. «Ninguém subiu ao céu senão Aquele que desceu do céu: o Filho do Homem» (Jo 3, 13). Abandonada às suas forças naturais, a humanidade não tem acesso à «Casa do Pai», à vida e à felicidade de Deus. Só Cristo pode abrir ao homem este acesso: «subindo aos céus, como nossa cabeça e primogênito, deu-nos a esperança de irmos um dia ao seu encontro, como membros do seu corpo».” (Catecismo da Igreja Católica, 661)

A Ascensão é tão importante para a Igreja que se tornou uma Solenidade. Muitos Santos mencionavam este acontecimento. Santo Agostinho mesmo afirmou, certa vez, em um de seus sermões:

“Aquele que é Senhor por natureza, se dignou a ser nosso irmão. Ele disse: Subirei ao meu Deus e seu Deus, ao meu Pai e seu Pai. A quem ele mandou que isso fosse anunciado? Vá — vos digo, digo-o aos meus irmãos, e desde que eu sou um irmão, subirei ao meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. Ele não disse: 'Eu vou para o nosso Pai'; nem: 'Eu ascendo ao nosso Deus'. Não restam palavras: meu Pai e seu Pai, meu Deus e seu Deus, essa distinção mostra algo que não devo manter em silêncio.”

A Ascensão não apenas encerra o ciclo terreno de Jesus, mas também inaugura a esperança para a humanidade, abrindo as portas da “Casa do Pai”. O Catecismo da Igreja Católica nos lembra que somente Cristo, ao subir aos céus, como nossa cabeça e primogênito, nos concede a esperança de nos encontrarmos com Deus um dia.

Assim, ao refletirmos sobre esse dogma, somos chamados a renovar nossa fé na presença contínua e na autoridade divina de Nosso Senhor Jesus Cristo.

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