Mais uma vez no mês de setembro, a Igreja no Brasil se dedica de uma forma muito especial à Bíblia Sagrada.
Tudo aquilo que Deus revelou definitivamente mediante Cristo para a nossa salvação é considerado um tesouro, confiado à Igreja não para ser simplesmente trancado em um cofre inacessível.
Leia Mais6 afirmações católicas para as famíliasPelo contrário, todas as coisas que Deus revelou mediante Jesus Cristo é sim um tesouro a ser guardado zelosamente, mas também a ser interpretado e proclamado fielmente a todos até os fins dos tempos.
Grande parte dessa revelação encontra-se nos livros que compõem a Bíblia. Mas quando nos aprofundamos na fé, percebemos que nem tudo está registrado na Sagrada Escritura. Crenças e dogmas nos chegam por outro meio: a Tradição apostólica e o Magistério da Igreja Católica.
“É claro, portanto, que a sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja, segundo um sapientíssimo desígnio de Deus, estão de tal maneira ligados e conjuntos, que nenhum pode subsistir sem os outros e, todos juntos, cada um a seu modo, sob a ação do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas” (Catecismo da Igreja Católica, 95)
Ou seja, Deus escolheu manifestar-se por três vias de Revelação da Verdade divina, Deus se revela por meio dos textos sagrados que foram escritos, selecionados e reconhecidos pelo Magistério da Igreja, se revela pelo Magistério, cuja missão é guardar e interpretar essas verdades da fé; e também pela Tradição apostólica, aquilo que os discípulos viram e ouviram do próprio Senhor e que permanece sendo contado e ensinado.
Deste modo, há várias razões pelas quais a Bíblia e sua interpretação livre não são suficientes para mostrar-nos a totalidade da Revelação. A primeira e mais relevante delas é o fato de que uma interpretação sem auxílio da Igreja pode levar a muitas conclusões erradas, seitas e equívocos, como já ocorreu na história da humanidade.
Por isso, preparamos para você uma explicação de cada um deles. Confira!
1. Sagradas Escrituras
A Bíblia, chamada também de Sagrada Escritura, é formada pelo Antigo e Novo Testamento e narra a história da nossa Salvação, desde Adão até a segunda volta de Nosso Senhor, Jesus Cristo.
“A Tradição sagrada e a Sagrada Escritura estão intimamente unidas e compenetradas entre si. Com efeito, derivando ambas da mesma fonte divina, fazem como que uma coisa só e tendem ao mesmo fim». Uma e outra tornam presente e fecundo na Igreja o mistério de Cristo, que prometeu estar com os seus, «sempre, até ao fim do mundo» (Mt 28, 20).” (Catecismo da Igreja, 80)
2. Tradição
Diz respeito aos ensinamentos deixados por Jesus e os apóstolos e foram, aos poucos, sendo propagados de geração em geração. Exemplos: ensinamentos que não encontramos na Bíblia, contudo de importância para a fé cristã, liturgia, ritos. Há, nesse sentido, a tradição apostólica e a tradição viva.
“Tradição de que falamos aqui é a que vem dos Apóstolos. Ela transmite o que estes receberam do ensino e do exemplo de Jesus e aprenderam pelo Espírito Santo. De fato, a primeira geração de cristãos não tinha ainda um Novo Testamento escrito, e o próprio Novo Testamento testemunha o processo da Tradição viva.” (Catecismo da Igreja, 83)
3. Magistério
O Magistério, do latim Magister, isto é, mestre, se encarrega por interpretar a Sagrada Escritura e ensinar ao povo de Deus sua correta leitura, mas não está acima da Revelação Divina, mas a seu serviço, para ensinar puramente aquilo que foi transmitido.
Por mandato divino e a assistência do Espírito Santo, o Magistério escuta o ensinamento, guarda-o zelosamente e o explica fielmente.
Os fiéis recebem com docilidade os ensinamentos que seus pastores lhes dão de diferentes formas, recordando a Palavra de Cristo a seus apóstolos: “Quem vos ouve a mim ouve; e quem vos rejeita a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou” (Lc 10, 16).
“O encargo de interpretar autenticamente a Palavra de Deus, escrita ou contida na Tradição, foi confiado só ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo (51), isto é, aos bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma.
Todavia, este Magistério não está acima da Palavra de Deus, mas sim ao seu serviço…
O Magistério é a autoridade de ensino da Igreja Católica, composta pelo Papa e pelos bispos em comunhão com ele. O Magistério tem a responsabilidade de interpretar autenticamente a Palavra de Deus contida tanto na Escritura quanto na Tradição.” (Catecismo da Igreja, 86).
Ou seja: nós, católicos, acreditamos que o Papa, os bispos em união com Cristo e por meio do Espírito, são escolhidos para explicar, definir a doutrina, dar orientações acerca de questões morais e éticas e principalmente auxiliar os fieis na interpretação correta das Escrituras.
6º Congresso Americano Missionário reúne cerca de 1500 participantes
Desde 19 de novembro, missionários de 36 países participam do CAM6 em Porto Rico. O evento reúne 1500 missionários, incluindo 62 brasileiros, até 24 de novembro.
Ação de Graças é uma Festa Litúrgica na Igreja?
No Brasil não é uma festa litúrgica oficial, mas sim com caráter mais social. Entenda o porquê!
Como as paróquias e comunidades vão celebrar o Jubileu da Esperança?
A partir da véspera de Natal, vamos intensificar nossas orações e atos de fé para celebrar integralmente o Jubileu de nossa Igreja
Boleto
Carregando ...
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Carregando ...
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.