Estamos na vivência do Tempo da Quaresma e em breve celebraremos a Semana Maior, conhecida como Semana Santa. Este período não é uma mera repetição do que é narrado nos Evangelhos, mas um sacramento da nossa fé católica. Leia MaisAs peregrinações durante a Quaresma Você sabe como ajudar as almas do purgatório a chegar ao céu na Quaresma?Atitudes quaresmais para perceber a vocação
Mas, você pode já ter se perguntado o que significa cada dia e, por isso, vamos explicar cada um deles. Confira!
Domingo de Ramos
Este dia abre a Semana Santa, nele recordamos a entrada de Jesus em Jerusalém, poucos dias antes de Paixão, Morte e Ressurreição. É chamado de “Domingo de Ramos”, pois as pessoas cortaram ramos de Palmeiras para colocar no percurso por onde Nosso Senhor passou e, assim, saudá-Lo.
Este episódio causou inveja e receio nos sacerdotes e mestres da Lei, que não reconheciam em Jesus, o Messias.
Segunda-feira Santa
Nas celebrações deste dia é proclamado o Evangelho de São João, no qual é Jesus vai até Betânia, seis dias antes da Páscoa, para uma última visita aos seus amigos, pois a Sua hora tinha chegado.
“Veio Jesus a Betânia, onde morava Lázaro, a quem ressuscitara dos mortos. Prepararam lá uma ceia para ele; Marta servia à mesa, e Lázaro era um dos convivas. Então Maria tomou uma libra de genuíno perfume de nardo, muito caro, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com seus cabelos; e o cheiro do perfume encheu a casa.” (São João 12, 1-3)
Terça-feira Santa
Na terça-feira Santa a liturgia “antecipa” algo que será vivido na quinta-feira, Jesus diz que sofrera a traição de um dos discípulos e as negações de Pedro. A mensagem principal fica em torno da Última Ceia.
“Em verdade, em verdade vos digo, um de vós me entregará”. Desconcertados, os discípulos olhavam uns para os outros, pois não sabiam de quem Jesus estava falando." (São João 13,21-22)
Quarta-feira Santa
Neste dia, em muitas igrejas, é realizada a Procissão do Encontro, onde homens saem de um local com a imagem de Bom Jesus dos Passos e as mulheres de outro ponto com Nossa Senhora das Dores. A proposta da procissão é reviver o encontro entre Maria e seu Filho e refletir o “Sermão das Sete Palavras”.
Quinta-feira Santa
Um dia repleto de atividades: benção dos santos óleos, renovação das promessas sacerdotais, a liturgia celebra a Instituição da Eucaristia e também a Instituição do sacerdócio.
São três os óleos abençoados na primeira celebração do dia: o do Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos, utilizados pelas paróquias e comunidades ao longo do ano. Nela se encontram o Bispo ou os Bispos e padres de toda a Diocese para renovarem o sacerdócio e compromisso de servir a Cristo e a Igreja. “Fazei isto em memória de mim”. (I Coríntios 11, 24) Com essas palavras, o Senhor instituiu o sacerdócio católico e deu-lhes poder para celebrar a Eucaristia.
Na segunda celebração da Quinta-Feira Santa, chamada de Missa da Ceia do Senhor, é concluída a Quaresma, damos início ao Tríduo Pascal (esta celebração só se encerra no sábado santo) e fazemos memória da Última Ceia, quando Jesus Institui a Eucaristia, Pão e Vinho que se tornam Seu corpo e Seu sangue, alimento para nossa vida espiritual. Normalmente há o Lava Pés, uma resposta ao pedido Jesus “Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros.” (São João 13,14).
Sexta-feira Santa
Está inserida no Tríduo Pascal, na tarde da Sexta-feira Santa não há Missa, na celebração da cruz recordamos a morte Cristo no Calvário. Somos convidados pela liturgia a contemplar o mistério do crucificado; por isso, há a veneração da Santa Cruz, momento no qual ela é apresentada a comunidade que expressa com gestos a fé no Amor crucificado. Neste dia é proposto também pela Igreja a meditação das 14 estações da Via-Sacra, por isso algumas paróquias e comunidades realizam encenações da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.
Sábado Santo
No sábado Santo, último dia do Tríduo Pascal, a Igreja permanece em silêncio junto a Jesus no sepulcro, meditando os mistérios de Sua Morte e Paixão, Sua descida à mansão dos mortos. Na Santa Missa, chamada de Vigília Pascal, há momentos muito preciosos para a liturgia, como a benção do fogo que começa fora da igreja, no “fogo novo” é acesso o Círio Pascal.
As igrejas devem permanecer com as luzes apagar até que o Círio, representando Cristo Ressuscitado, adentre em procissão e seja proclamada a Páscoa com o hino de louvor. Na noite da vigília os fieis têm a possibilidade, na Liturgia da Palavra, de percorrer pela história da Salvação.
Domingo da Ressurreição
Dia do Senhor, dia em que a vida vence a morte, nesse sentido Páscoa significa “passagem”, da escravidão para a liberdade. Não se trata apenas de uma recordação, a Igreja crê o Cristo morto e sepultado, verdadeiramente ressuscitou e vivo está em nosso meio.
Fonte: CNBB
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