Mesmo com a investigação judicial sobre a origem do incêndio ainda sem conclusão, cerca de 500 artesãos trabalharam na supervisão, para garantir que o grande marco da capital francesa pudesse estar pronto para a sua reabertura.
Antes do incêndio o monumento chegava a receber 10 milhões de visitantes por ano e agora reabre suas portas pela primeira vez desde que o incêndio destruiu grande parte de sua estrutura.
A Catedral de Notre-Dame com sua arquitetura gótica característica se colocava entre as mais famosas catedrais não somente da França, mas da Europa.
No início da construção a cidade experimentou um grande processo de crescimento populacional e econômico. Paris era a capital dos reis da dinastia dos capetíngios que ajudava a custear o trabalho de um grande número de artesões.
Além de ser um centro comercial fervilhante, com uma multidão de mercadores, a cidade era também um centro intelectual ativo na Europa medieval. Foi o bispo de Paris que sugeriu que uma nova catedral fora construída no local da antiga catedral.
Existem evidências arqueológicas que mostram que a catedral de Notre-Dame foi construída onde já existiam outros templos religiosos, como um templo romano. Isso porque uma cidade se desenvolveu sobre uma antiga cidade romana que tinha o nome de Lutécia que também funcionava como uma fortificação militar.
Ao longo de oito séculos de história a catedral foi reformada várias vezes e a mais abrangente aconteceu em meados do século XIX. Cada reforma dava uma sobrevida à catedral e acrescentava elementos interessantes e diversificados.
A catedral chegou a ser confiscada e utilizada como lugar de celebrações impostas pelo regime, com o chamado Culto da Razão e Culto do Ser Supremo, implementado pelo revolucionário Robespierre.
Com o fim do processo revolucionário, Napoleão Bonaparte devolveu a catedral à Igreja, fazendo diversas reformas e renovações no local que estava praticamente abandonado. Foi na catedral que ele se autocoroou como imperador da França, pondo um ponto final à Revolução.
Além disso, no auge da Guerra dos Cem Anos entre a França e a Inglaterra, o inglês Henrique VI se utilizou da catedral onde se proclamou como rei dos franceses. A guerra, porém, não terminou bem para os ingleses.
Na catedral de Notre-Dame também foi realizada a cerimônia de beatificação de Joana D'Arc, restituída como heroína de França.
Mas a história da catedral e da França não pararam por aí. Basta lembrar que nos séculos seguintes ela foi palco de eventos como a Comuna de Paris, a guerra franco-prussiana, a primeira e a segunda Guerras Mundiais e até mesmo a revolução cultural de 1968, quando a juventude saiu para a rua de Paris, se concentrando ao longo da catedral.
Apesar dos prejuízos maiores ou menores a Notre-Dame sempre terem sido preservados e renovados até cinco anos atrás, antes do pavoroso incêndio, mantendo sua imponência e prestígio como um dos mais visitados cartões postais da cidade luz.
Notre-Dame foi o cenário da obra literária mais famosa do escritor Victor Hugo. O romance “O Corcunda de Notre-Dame” publicado em 1831, conta a história de Quasímodo, uma corcunda que é sineiro da catedral, e seu amor pela cigana Esmeralda.
O autor decidiu escrever seu romance para chamar a atenção das pessoas e das autoridades para o lamentável estado de abandono da catedral, defendendo sua preservação.
Quantos pintores retrataram Notre Dame em seus trabalhos e quantas fotos circulam hoje pelas redes sociais. E certamente, depois de sua recuperação, nenhum esplendor de sua arquitetura e decoração sacras, fachada da catedral, Paris e sua catedral voltarão a ser palco de visitação e de gravação de milhares de pessoas.
Explore os detalhes icônicos da renovada Catedral de Notre-Dame
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