Por Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R. Em História da Igreja Atualizada em 02 MAR 2020 - 14H22

As epidemias nos tempos modernos

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A falta de planejamento dos espaços urbanos serviu para a contração de várias doenças ao longo do tempo. 
O êxodo rural aumentou muito, sobretudo, durante e depois da Revolução Industrial fazendo com que as cidades passassem a se encher de gente, causando a chamada explosão demográfica. Bairros inteiros surgiam da noite para o dia, sem planejamento e sem saneamento básico, ambientes muito comuns nas grandes cidades e metrópoles de hoje, especialmente nas áreas do Terceiro Mundo. Este processo de crescimento das cidades provocará o surgimento das megalópoles, cidades que concentram milhões de habitantes em áreas geográficas reduzidas.

No século XIX, vários centros urbanos asiáticos, europeus e americanos foram assolados pelos efeitos devastadores de outro mal, a cólera. De maneira semelhante, os efeitos da febre tifoide foram decisivos para que grande parte dos soldados napoleônicos morressem durante o precipitado avanço dos franceses contra as gélidas e miseráveis terras russas onde seriam derrotados pelo famoso “General Inverno”.

Leia MaisGrandes Epidemias da História: Peste Negra dizimou população da EuropaAs grandes epidemias da história Do lado ocidental do mundo, aqui nas Américas a proliferação calculada de epidemias e doenças serviu como elemento de dominação das populações nativas da América, quando, no século XVI, os colonizadores espanhóis transmitiram a doença para os astecas. Uma simples gripe, ou a distribuição de cobertores contaminados por pessoas portadoras do sarampo e da varíola provocaram a morte de inteiras populações de indígenas na América do Norte.

No século XX, os horrores da Primeira Guerra Mundial não poderiam ser relacionados somente ao poderio bélico dos países envolvidos no combate. A gripe espanhola acabou matando cerca de 20 milhões de pessoas que viviam na Europa ou passaram por lá entre os anos de 1914 e 1918.

No fim do século XX, mais uma vez o mundo ficou aterrorizado quando, na década de 1980, a AIDS se transformou em uma terrível epidemia que hoje acumula um índice de milhões de infectados.

Hoje em dia uma pandemia com todos os seus efeitos é difícil de acontecer, mas várias doenças, como a causada pelo vírus Ebola que se desenvolveu na região da África Subsaariana, ainda oferecem risco de pandemia para o mundo. Por isso, os centros epidemiológicos do mundo inteiro monitoram e mantém sob controle essas pragas.

Escrito por
Padre Inácio Medeiros C.Ss.R.
Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

Missionário redentorista graduado em História da Igreja pela Universidade Gregoriana de Roma, já trabalha nessa área há muitos anos, tendo lecionado em diversos institutos. Atuou na área de comunicação, sendo responsável pela comunicação institucional e missionária da antiga Província Redentorista de São Paulo, tendo sido também diretor da Rádio Aparecida.

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