A contexto da histórica Batalha das Termópilas, popularizada pelo filme 300, é um dos eventos mais icônicos da história antiga. No entanto, o filme de 2007, que teve a co-produção e direção de Zack Snyder omitiu e alterou muitos detalhes. O filme foi baseado na história em quadrinhos publicada em 1998.
O filme 300 que usou mal uma nova técnica de filmagem de chroma key que faz uma superposição, para ajudar a replicar as imagens da história em quadrinhos original, narra a lendária luta do rei Leônidas e dos seus 300 guerreiros de esparta contra o poderoso rei Xerxes com um exército de 30 mil homens do Império Persa, localizado no atual Irã.
Para compreender verdadeiramente o que aconteceu, é preciso mergulhar na batalha das forças gregas contra o Império Persa.
A Grécia antiga não era uma nação propriamente dita e nem era unificada, sendo composta por diversas cidades-estado independentes. Entre elas se destacava as cidades de Atenas e Esparta que, embora compartilhassem uma cultura comum, frequentemente entravam em conflito entre si. Essas cidades eventualmente se uniam para enfrentar um inimigo externo comum como o Império Persa, uma das maiores potências da antiguidade.
Os gregos eram originários dos jônios, um dos povos que imigraram e formaram a sua civilização a partir do século XI a.C. Além deles, os aqueus, os eólios e os dórios tiveram um papel preponderante na ocupação da Península Grega e na construção dessa civilização da antiguidade.
Os conflitos entre gregos e persas começaram quando um governante da cidade de Mileto, uma das mais antigas da região, de nome Aristágoras, provocou uma revolta das cidades-estado contra o domínio persa. Embora a princípio Esparta tenha recusado ajuda, Atenas e outras enviaram apoio, o que levou o imperador persa Dario a buscar vingança contra as cidades-estado gregas.
Isso culminou na famosa Batalha de Maratona em 490 a.C., que hoje dá nome à mais famosa corrida das olimpíadas, onde os gregos conseguiram uma significativa vitória, mas provocaram ainda mais a ira do Império Persa, que lançou uma campanha massiva para conquistar a Grécia de uma vez por todas. Foi nesse contexto que ocorreu a Batalha das Termópilas.
A Batalha foi travada no contexto da Segunda Guerra Médica (que tem esse nome devido aos persas serem originários dos medos, povo que habitava a região do atual Irã) que jogou uma aliança de cidades (polis na língua grega), contra os persas.
Então, diferentemente do que o filme 300 retrata, a Batalha ocorrida no desfiladeiro que tem esse nome, não foi uma luta solitária de Esparta contra o até então invencível exército persa. Embora o número de espartanos liderados pelo rei Leônidas realmente tivesse um número próximo de 300, eles não estavam sozinhos. Outros 7 mil soldados gregos de outras cidades-estado vieram em seu socorro participando da defesa das Termópilas, um estreito desfiladeiro localizado entre as montanhas e o mar, estrategicamente escolhido para dificultar o avanço persa.
A sociedade espartana era construída sobre a categoria dos escravos conhecidos como hilotas, que também participaram da batalha, assim como moradores livres da região da Lacônia. O exército persa, liderado por Xerxes, sucessor de Dario, era estimado em 30 mil homens, muito superior ao contingente grego. As narrativas históricas e lendárias chegam a falar de 200 mil homens no exército persa, mas isso é um grande exagero que serve para reforçar o heroísmo dos gregos.
A batalha durou três dias. No primeiro, os persas tentaram avançar, mas foram repelidos pelos gregos, que usaram a geografia a seu favor. No segundo, os persas descobriram um caminho secreto nas montanhas, devido a traição de um grego chamado Efialtes. Percebendo que a derrota era iminente, Leônidas dispensou a maioria das tropas gregas, ficando apenas com seus 300 espartanos e cerca de mil soldados de outras cidades. No terceiro dia, esses guerreiros lutaram até o fim, mas foram massacrados. Um único soldado sobreviveu e ele é o narrador da história retratada no filme.
A Batalha das Termópilas foi uma derrota militar para os gregos, mas uma vitória moral. O sacrifício dos 300 espartanos e seus aliados inspirou as cidades-estado gregas a se unirem ainda mais contra os persas. Pouco tempo depois, os gregos conseguiram vitórias decisivas nas batalhas de Salamina e Plateias, que marcaram o fim da invasão persa.
Desde a antiguidade as potências se sucediam no domínio da região, sobretudo, por causa do controle do Mar Egeu que faz a ligação da Europa com a Ásia Menor e Oriente, rota de um movimentado comércio. Ou seja, quem controlasse a região, controlaria todo o seu comercio.
Escritores antigos e estrategistas militares usam o exemplo da Batalha das Termópilas para mostrar o poder de um exército patriótico defendendo seu próprio solo com um grupo menor, porém, bem treinado de combatentes. Foi o que aconteceu, por exemplo, no Vietnã e no Afeganistão, em que exércitos bem menores derrotaram potências militares como Estados Unidos e União Soviética. O comportamento dos defensores na batalha também é usado como um exemplo da vantagem do treinamento, do equipamento e do bom uso da geografia como multiplicadores de força de um exército, tornando-se um símbolo de coragem contra as adversidades.
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