Certa vez, um rapaz entrou na igreja, que estava vazia, foi até o primeiro banco e começou a jogar cinco facas para cima, uma depois da outra e, numa agilidade incrível, pegava todas pelos cabos, sem deixar nem uma cair no chão e sem se ferir. Eram facas afiadas, que brilhavam no ar.
Uma senhora entrou na igreja e, ao ver lá de trás aquela cena, ficou assustada. Foi correndo contar para o padre, que morava ao lado da igreja. O padre veio e os dois observavam a inusitada cena.
O padre aproximou-se dele e perguntou, com carinho: “Por que você está fazendo isso?” O moço respondeu: “Eu não sabia rezar, e perguntei para uma catequista como que reza. Ela disse: ‘Faça o que você sabe de melhor para Deus, que ele gosta’. Eu trabalho em um circo e o que eu sei de melhor é jogar facas. Por isso vim aqui hoje rezar”.
O padre pôs a mão no ombro dele e falou: “Pode continuar rezando, filho, e que Deus o abençoe. Mas cuidado para não se machucar, ou machucar alguém”.
De fato, a catequista estava certa. Cada um tem o seu jeito próprio de rezar. Existem tantas maneiras de orar quantas pessoas orantes há no mundo. Isso porque oração é diálogo, uma conversa de amor com Deus. E os amigos são criativos e espontâneos nas conversas.
Nós vamos, aos poucos, evoluindo na prática da oração. No começo, só rezamos orações decoradas, e só duas vezes ao dia: De manhã, ao nos levantar, e à noite, antes de dormir.
Depois, nós começamos a obedecer a Jesus que disse: “Orai sempre, e nunca cesseis de o fazer” (Lc 18,1).
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