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Por Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam) Em Histórias de Vida Atualizada em 10 FEV 2020 - 08H34

Irmã Dorothy, uma vida pelos pobres

A Irmã Dorothy Stang nasceu nos Estados Unidos em 1931. Era naturalizada brasileira. Pertencia à Congregação das Irmãs de Nossa Senhora de Namur. Após trabalhar vários anos em seu país como professora, veio para o Brasil em 1966. Residia em Anapu, no Pará, a 500 Km de Belém. Anapu é uma pequena cidade cortada ao meio pela rodovia Transamazônica.




O seu trabalho pastoral era a
catequese e a formação de comunidades cristãs. O zelo da Irmã Dorothy a levava a atuar em várias cidades e vilarejos rurais da região do Xingu, formando filhos e filhas de Deus.

Ela buscava também a geração de emprego e renda, com projetos de reflorestamento em áreas degradadas. Seu trabalho focava-se também na minimização dos conflitos fundiários existentes na região.

Atuou em várias pastorais sociais do Pará, principalmente na Comissão Pastoral da Terra. Devido ao seu trabalho junto aos agricultores, ganhou vários prêmios a nível nacional e internacional.

Participava ativamente na luta dos trabalhadores do campo contra a grilagem e a devastação da floresta. Ajudou a fundar a primeira escola de formação de professores na rodovia Transamazônica.

Tomaz Silva/ Agência Brasil
Tomaz Silva/ Agência Brasil


Irmã Dorothy recebeu diversas ameaças de morte, sem deixar intimidar-se.
Pouco antes de ser assassinada, declarou:

“Não vou fugir nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor, numa terra onde possam viver e produzir com dignidade, sem devastar”.

Irmã Dorothy Stang foi assassinada com seis tiros, no dia 12/02/2005, em uma estrada de terra de difícil acesso, a 53 km da sede do município de Anapu. Tinha 73 anos de idade.

Segundo uma testemunha, antes de receber os disparos, ao ser indagada pelo próprio assassino se estava armada, ela respondeu que sim e mostrou-lhe sua arma: a Bíblia.

O fazendeiro Vitalmiro Moura, acusado de ser o mandante do crime, foi condenado a 30 anos de prisão.

“Tenho de gritar, tenho de arriscar, ai de mim se não o faço. Como escapar de ti? Como calar, se tua voz arde em meu peito?”

Escrito por:
Padre Antônio Queiróz dos Santos (Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R)
Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam)

Missionário redentorista, recolheu ao longo de seu ministério centenas de histórias que falam de forma simples e popular da fé e das realidades do povo de Deus.

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