Por Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam) Em Histórias de Vida

O padroeiro dos coroinhas

Nos primeiros séculos do cristianismo, os cristãos eram cruelmente perseguidos, presos e mortos, pelo único motivo de professar a fé católica. A perseguição se tornou tão intensa que os cristãos passaram a fazer suas celebrações em locais subterrâneos, nas catacumbas.

Um dia, numa dessas celebrações, chegou um recado dos cristãos presos, dizendo que queriam comungar, a fim de ter forças para resistir ao martírio, previsto para dali a poucos dias.

O bispo perguntou quem tinha coragem de levar lá na cadeia a Eucaristia. Um menino, que estava se preparando para a primeira Comunhão, disse: “Eu levo”.

O bispo colocou então as hóstias consagradas numa pícside e deu ao garoto. Este a escondeu debaixo da sua jaqueta e ficou segurando.

Ao atravessar uma praça, um grupo de moleques o convidaram para brincar. Ele respondeu que logo voltaria e continuou caminhando. Os moleques não gostaram da recusa e começaram a atirar pedras nele.Quando o menino caiu ensanguentado, correram todos, como fazem os covardes.

Minutos depois, um soldado cristão, ao passar por ali, o conheceu. Pegou-o nos braços e o levou até a catacumba, onde os cristãos ainda estavam reunidos.O bispo pegou uma das Hóstia que ele trazia e lhe deu, dizendo: “Filho, você vai fazer agora a sua Primeira Comunhão!”

O menino comungou ainda consciente. Minutos depois morreu, com um sorriso nos lábios.

Esse menino é S. Tarcísio, chamado o padroeiro dos coroinhas. O fato aconteceu dia 15 de agosto do ano 258.

Na verdade, não há muita diferença entre S. Tarcísio e os cristãos e cristãs que comungam, em todos os tempos e lugares. Porque todos, de uma forma ou de outra, doam a sua vida pelo próximo, a exemplo de Jesus.

A Eucaristia é um alimento forte, tão forte que transforma a pessoa que o recebe em “outro Cristo” presente no mundo. Qualquer alimento que recebemos, nós o transformamos em nós. Mas com o Corpo de Cristo acontece o contrário, nós é que nos transformamos nele.

Que Deus, pela intercessão de Maria Santíssima, nos dê duas graças: Que amemos mais a Eucaristia e que promovamos a vocação sacerdotal, pois sem padre não há Eucaristia.

Escrito por:
Padre Antônio Queiróz dos Santos (Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R)
Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam)

Missionário redentorista, recolheu ao longo de seu ministério centenas de histórias que falam de forma simples e popular da fé e das realidades do povo de Deus.

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Por Pe. Queiróz, C.Ss.R., em Histórias de Vida

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