Por Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam) Em Histórias de Vida Atualizada em 15 AGO 2018 - 09H09

Santa Mônica e Santo Agostinho

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Aurélio Agostinho nasceu dia 13 de novembro do ano 354, na cidade de Tagaste, que hoje pertence à Argélia, norte da África. Seus pais se chamavam Mônica e Patrício. Além de Agostinho, tiveram mais dois filhos: Navígio e Perpétua. O pai era pagão. Um homem rude, violento e de vida devassa. 

Desde adolescente, Agostinho imita o pai na vida devassa. Quando era jovem, o pai faleceu. No final da vida, ele converteu-se ao cristianismo, graças às orações da esposa.

Agostinho tem um filho com uma prostituta. Deu-lhe o nome de Adeodato (dado a Deus). Mônica o criou, já que a mãe não tinha condições de criá-lo.

Muito inteligente e culto, vai para Roma. A mãe o acompanha, levando Adeodato. Lá, Agostinho abre uma escola superior de retórica. Em seguida, é nomeado professor da Universidade de Milão. Os três mudam-se para Milão.

Ali, Agostinho começa a assistir os sermões de Santo Ambrósio, o bispo de Milão, atraído pela eloquência. Sem perceber, vai se empolgando pelo cristianismo. Mas não era fácil. Ele mesmo descreve (Confissões, cap 10º), o toque final da graça, que o levou à conversão:

“Um dia, eu estava chorando debaixo de uma figueira, debatendo-me entre sentimentos e forças opostas. Resolvi abrir a Bíblia, e ler o que estivesse na frente. Li o seguinte: ‘Procedamos honestamente, como em pleno dia. Nada de glutonerias e bebedeiras, nada de orgias e imoralidades, nem de contendas e rivalidades. Pelo contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não atendais aos desejos e paixões da vida carnal” (Rm 13,13-14). Não quis ler mais nada. Fechou a Bíblia. Ali estava a verdade que ele sempre procurou.

Agostinho vai atrás do bispo Dom Ambrósio, e este o manda para um longo catecumenato. Em seguida, recebe o batismo, junto com o filho Adeodato. Tinha 33 anos de idade, e o filho, 15. Logo depois, Adeodato faleceu, para grande dor de Agostinho.

Resolveu voltar para a África, junto com sua mãe. Na viagem, a mãe também vem a falecer. No seu livro Confissões, Agostinho transcreve as últimas palavras da mãe: “Meu filho, não sei mais o que fazer neste mundo. Por um só motivo eu desejava viver: Ver você cristão. Agora que Deus me concedeu esta graça, parto feliz desta vida terrena”

Agostinho faleceu dia 28 de agosto de 430, com 76 anos de idade. Era bispo da diocese de Hipona, na África.

Se não fossem as orações de Santa Mônica, o filho teria morrido na vida devassa, como tantos por aí. Nós admiramos Santo Agostinho, mas admiramos mais ainda sua mãe. Mônica rezou, sem alcançar a graça, durante mais de 20 anos. Que Deus nos dê a graça da perseverança na oração.

 

Escrito por:
Padre Antônio Queiróz dos Santos (Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R)
Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam)

Missionário redentorista, recolheu ao longo de seu ministério centenas de histórias que falam de forma simples e popular da fé e das realidades do povo de Deus.

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