Igreja

A Igreja na Mongólia

Padre Inácio Medeiros C.Ss.R.

Escrito por Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

19 AGO 2023 - 08H00

Reprodução/ Twitter

O Papa Francisco aceitou o convite do presidente e das autoridades eclesiásticas da Mongólia para visitar o país entre 31 agosto e 04 de setembro, realizando a 43ª Viagem Apostólica internacional de seu pontificado.

A Mongólia, país pouco conhecido faz fronteira com a China e com a Rússia, sendo conhecido pelas amplas planícies chamadas estepes e pela cultura nômade.

O ponto central da capital, Ulan Bator, é a praça Chinggis Khaan (Gengis Khan), que ganhou esse nome em homenagem ao notório fundador do Império Mongol dos séculos XIII e XIV.

Shutterstock
Shutterstock


Também em Ulan Bator ficam o Museu Nacional da Mongólia, que exibe artefatos históricos e etnográficos, e o restaurado Mosteiro de Gandantegchinlen, construído em 1830.

A Mongólia tem cerca de três milhões de habitantes numa área de mais ou menos 1,5 milhões de quilômetros quadrados e lá, como na maioria dos países da Ásia, a religião predominante é o budismo, sendo o cristianismo uma religião minoritária.

Passado glorioso

Os mongóis são muito orgulhosos de seu passado glorioso de um povo guerreiro e de seu antigo líder Gengis Khan. Tanto que suas inúmeras estátuas estão espalhadas pelo país a fora e na capital Ulan Battor, uma delas está localizada bem em frente ao prédio do Parlamento.

O império mongol de Gêngis Khan, que na verdade não identifica uma pessoa, mas sim o título de quem ocupava o cargo de líder supremo, significando “chefe oceânico”, junto com seus descendentes ocupou a maior extensão de que se tem notícia, indo do Oceano Pacífico até o Mar Cáspio, daí a razão do título.

O mais incrível é que o império foi sendo conquistado por Khan e seus sucessores no curto período de apenas 75 anos.

Os mongóis de Gêngis Khan eram um povo disperso geograficamente, que não conhecia a escrita, não conhecia a agricultura, comia carne crua, sendo considerado um povo incivilizado até para os padrões da época.

A Mongólia da época de Khan era habitada por diversas tribos: quirquizes, oirates, merquitas, tártaros, caraítas e mongóis. Havia também uma grande diversidade religiosa, de muçulmanos a budistas e tribos xamânicas.

Os mongóis eram foram hábeis cavaleiros e arqueiros e com esses recursos puderam construir um amplo império. Até hoje, as artes da montaria e do arco e flecha são valorizados pelos descendentes de Gengis Khan.

Pequeno rebanho

Ao visitar este país asiático, o Sumo-Pontífice deverá encontrar uma das menores Igrejas do mundo. A Mongólia, de fato, é uma terra onde, após a primeira proclamação do Evangelho feita no primeiro milênio, todos os vestígios foram sendo perdidos.

Shutterstock
Shutterstock


A Igreja renasceu somente há trinta anos atrás,
contando hoje com cerca de 1.400 fiéis no total.

O país e sua Igreja representam uma verdadeira periferia do mundo à qual o Papa mostrou grande atenção, em 2022, ao criar cardeal o jovem prefeito apostólico Giorgio Marengo, um missionário italiano da Consolata.

.:: Curiosidades da História: A Rainha de Sabá

Escrito por
Padre Inácio Medeiros C.Ss.R.
Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

Missionário redentorista graduado em História da Igreja pela Universidade Gregoriana de Roma, já trabalha nessa área há muitos anos, tendo lecionado em diversos institutos. Atuou na área de comunicação, sendo responsável pela comunicação institucional e missionária da antiga Província Redentorista de São Paulo, tendo sido também diretor da Rádio Aparecida.

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Carregando ...

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Redação A12, em Igreja

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.

Carregando ...