Leia MaisA Igreja na MongóliaO Papa Francisco aceitou o convite do presidente do país e das autoridades eclesiásticas para visitar a Mongólia entre 31 agosto e 04 de setembro.
A Mongólia, nação pouco conhecida aqui entre nós faz fronteira com a China e com a Rússia, sendo conhecida pelas vastas áreas escarpadas e pela cultura nômade.
Na Mongólia, como na maioria dos países da Ásia a religião predominante é o budismo.
A viagem do Papa Francisco à Mongólia se insere num contexto geopolítico mais amplo. Ela se segue à visita do Pontífice ao Cazaquistão em setembro de 2022, bem como às suas inúmeras visitas a outros países próximos da China
A missão entre os tártaros e mongóis
Quando o mundo e a Igreja já experimentavam o fim do período medieval, aos poucos as missões de paz sucedem à cruzada militar contra os muçulmanos, apesar das muitas dificuldades encontradas. Paralelamente a algumas missões realizadas em outros lugares, no Pontificado do Papa Nicolau IV, começou a evangelização dos povos mongóis.
As invasões acontecidas no oriente e sobre as nações eslavas do leste fizeram com que a Europa descobrisse a Ásia. Os primeiros enviados do Papa foram embaixadores e legados com a missão de sondar suas forças, em busca de ajuda contra os muçulmanos, mas com isto mais ou menos de forma velada o cristianismo foi penetrando na região.
Em 05 de março de 1245, o Papa Inocêncio IV enviou cartas ao rei e ao povo tártaro, propondo os princípios e valores da religião cristã, porém, nem a embaixada dos franciscanos e nem a dos dominicanos obtiveram bons resultados.
Em 1249, e depois em 1253, as embaixadas se sucederam, porém, sem resultados compensadores.
Com o reino mongol da Pérsia, atual Irã, foi mais fácil, pois lá o cristianismo já era conhecido, porém, a influência maios vinha dos cristãos nestorianos e jacobitas.
No II Concilio de Lyon realizado em 1274, já aconteceu a participação de legados dos mongóis, porém, os mongóis abraçaram mais o islamismo que o cristianismo.
Na região do Turquestão e na China os comerciantes venezianos começaram a entrar a partir de 1267 e voltando ao ocidente levaram notícias da disposição dos mongóis ao cristianismo.
O Papa Nicolau IV enviou então uma missão à China no ano de 1293, na pessoa do Frei João de Monte Corvino que trabalhou sozinho entre os mongóis, até que a partir de 1309, começaram a chegar novos missionários. A peste negra de 1348 fez, porém, diminuir o envio de missionários e com isso o processo de conversão foi diminuindo.
A partir de 1370, a dinastia Ming que reinava na China fechou a portas para todo e qualquer estrangeiro e no século XVI quando o império se abriu novamente ao ocidente, não mais havia sinal do cristianismo.
Paralelo a isso, o cristianismo nestoriano se espalhou por toda a Ásia Central no primeiro milênio, mas também acabou extinto. Foi apenas em 1992, no início da abertura democrática do país, que os primeiros missionários católicos puderam chegar a um ambiente religioso dominado pelo budismo tibetano.
E hoje, a Igreja da Mongólia, uma das menores do mundo, recebe a visita do seu pastor, que vem para animá-la na fé e na esperança, reforçando a sua caminhada.
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