A Igreja do Brasil dedica o mês de agosto às vocações. Não apenas às vocações sacerdotais e religiosas, mas a todas as vocações, como a vida matrimonial e a vida leiga, independentemente de os representantes desta última pertencerem ao estado de solteiros ou casados.
No entanto, quando muitas vezes ouvimos a palavra “vocação” no meio eclesial, lembramos automaticamente dos presbíteros e dos religiosos e religiosas consagrados. É justamente sobre esta última que dedicamos estas poucas linhas, fazendo uma viagem desde seu surgimento ainda na antiguidade, até aos nossos dias em uma série de artigos.
A vida religiosa consagrada se apresenta das mais diferentes formas. Há as freiras e frades, que se dedicam à vida missionária ativa em vários campos de atuação, assim como também nas paróquias, capelas e outras comunidades. Há os leigos consagrados, que embora não necessariamente religiosos, vivem à maneira dos religiosos. Existem também a vida religiosa contemplativa ou monástica, os monges e monjas, aliás, esta é a primeira forma de vida consagrada cristã.
A vida religiosa cristã é uma herança judaica. Havia, já no tempo de Jesus, os essênios, uma comunidade de homens e mulheres que viviam no deserto, junto ao Mar Morto, sob preceitos rigorosos de penitência e de louvor a Deus. Alguns estudiosos chegam a afirmar que João Batista e até mesmo Jesus faziam parte da comunidade dos essênios, ou com eles tinham contato.
No século terceiro, após o edito de Milão, que permitiu a liberdade de culto aos cristãos e a posterior conversão do Imperador Constantino, passando todos os seus súditos a “seguir” os ensinamentos cristãos, surgiu uma crise de fé e valores no seio do cristianismo. É neste contexto que alguns homens e mulheres se retiram ao deserto, inicialmente no Egito, depois na Palestina, para viverem autenticamente os ensinamentos de Cristo, sem as preocupações do mundo. Viviam apenas com o essencial, fabricando cestas de cipós e vendendo-as para, com o dinheiro, comprarem pão como alimento para si. Os grandes expoentes destes primeiros tempos foram os eremitas Paulo de Tebas, Antão e Paládio. Posteriormente surgem comunidades de monges com Pacômio.
São Jerônimo se dirigiu, com algumas mulheres como Santa Marcela e Santa Paula, para Belém. Também na Palestina, alguns monges se agruparam no Monte Carmelo, movidos pelo espírito penitente e profético de Elias. Estes, séculos depois, quando a Terra Santa caiu sob o domínio dos muçulmanos, rumaram para a Europa e se revestiram de nova forma de vida, agora menos monástica e se assemelhando aos frades mendicantes.
No século quinto, São Bento, ainda jovem, vive este mesmo ideal, inicialmente como eremita em Subiaco e depois como monge cenobita, fundando comunidades, sendo a mais importante a da Abadia de Montecassino, onde escreveu uma importante regra de vida para a harmonia dos religiosos nos mosteiros. Hoje esta regra é conhecida como Regra de São Bento. Os seguidores dos preceitos de Bento passaram a ser denominados Beneditinos e são os representantes mais famosos da vida contemplativa.
Os monges e monjas Beneditinos estão espalhados por todos os continentes, contando atualmente cerca de 25.000 religiosos e religiosas. A Regra Beneditina teve grande impulso a partir do século oitavo, quando Bento de Aniane, o chamado Segundo São Bento, a adotou em seu mosteiro. Era ele conselheiro do Imperador Carlos Magno, que lhe confiou a reforma monástica nos domínios de seu grandioso Império. Bento de Aniane se tornou uma espécie de abade geral e fez que todos os mosteiros adotassem a Regra de São Bento, fazendo que a ordem beneditina se detivesse como única, salvo algumas comunidades de monges e monjas que viviam outras regras, até o século 11.
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