Igreja

“As aparições aprovadas têm seu lugar preciso na vida da Igreja”

Escrito por Redação A12

17 MAI 2024 - 15H53 (Atualizada em 17 MAI 2024 - 16H44)

Takamex/ shutterstock

Muitas pessoas, ao longo da história, afirmaram terem visto a Virgem Maria e, em alguns casos, terem falado com Ela ou recebido mensagens. 

Leia MaisSaiba por que foi criado um observatório das aparições de MariaAparições Marianas: Visão da ciência e da Igreja

Há nesse sentido um cuidado da Igreja para verificar, discernir essas situações e aprovar aparições verídicas como as que costumamos conhecer: a de Nossa Senhora de Fátima, de Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Guadalupe.

No ano passado, foi criado um observatório para acompanhar os fenômenos místicos e as aparições de Nossa Senhora na Pontifícia Academia Mariana Internationalis (PAMI), localizada em Roma, no Vaticano.

Além disso, em abril deste ano, o prefeito do dicastério para a Doutrina da Fé, cardeal Victor Fernández, afirmou que estavam trabalhando em um documento “com diretrizes e normas claras para o discernimento de aparições e outros fenômenos”, lançado nesta sexta-feira (17).

Em 1985, no livro-entrevista com Vittorio Messori 'Relatório sobre a fé', o cardeal Joseph Ratzinger, que mais tarde se tornaria o Papa Bento XVI, e que era, então, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, falou sobre certos critérios que foram desenvolvidos no novo documento do Dicastério.

Veja:

“Nenhuma aparição é indispensável à fé, a Revelação terminou com Jesus Cristo. Ele mesmo é a Revelação. Mas certamente não podemos impedir Deus de falar ao nosso tempo, por meio de pessoas simples e também por meio de sinais extraordinários que denunciam a inadequação das culturas que nos dominam, mascaradas pelo racionalismo e pelo positivismo.

As aparições que a Igreja aprovou oficialmente… têm seu lugar preciso no desenvolvimento da vida da Igreja no último século. Elas mostram, entre outras coisas, que a Revelação — embora única, concluída e, portanto, não superável — não é uma coisa morta, é viva, vital. Além disso… um dos sinais do nosso tempo é que os relatos de “aparições marianas” estão se multiplicando no mundo…”.

“Um de nossos critérios é separar o aspecto da verdadeira ou presumida 'sobrenaturalidade' da aparição do aspecto de seus frutos espirituais. As peregrinações do cristianismo primitivo se dirigiam a lugares sobre os quais nosso espírito crítico, como modernos, às vezes ficaria perplexo quanto à “verdade científica” da tradição ligada a eles.

Isso não diminui o fato de que essas peregrinações foram frutíferas, benéficas e importantes para a vida do povo cristão. O problema não é tanto o da hiper crítica moderna (que acaba, entre outras coisas, em uma forma de nova credulidade), mas o de avaliar a vitalidade e a ortodoxia da vida religiosa que se desenvolve em torno desses lugares”, afirmou o então cardeal.

Fonte: Vatican News

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