Igreja

Capela Sistina é centro dos Conclaves há cinco séculos

No dia 1º de novembro de 1512, teto do templo foi aberto ao público pela primeira vez

Escrito por Alberto Andrade

01 NOV 2022 - 13H56 (Atualizada em 03 NOV 2022 - 09H41)

Localizada nas dependências do Vaticano, a Capela Sistina é o espaço onde os cardeais se reúnem para escolher um novo papa, após uma renúncia ou morte, quando acontece uma "votação secreta" para a eleição do novo pontífice, e que acontece praticamente da mesma maneira desde o Século XIII.

Leia MaisConclave: como é feita a escolha de um novo PapaA Capela Sistina tem esse nome em homenagem a Sisto IV, que foi papa entre 1471 e 1484 e restaurou a então Capela Magna contratando os pintores Pietro Perugino, Sandro Botticelli e Domenico Ghirlandaio, além de pinturas sobre a vida de Moisés e de Cristo. Retratos dos antigos papas também foram feitos nesta primeira restauração.

O projeto arquitetônico de Baccio Pontelli fez da Capela Sistina um edifício com descrições similares ao Templo de Salomão, do Antigo Testamento. O afresco que decora a abóboda da Capela Sistina mede 40 metros de comprimento e 13 metros de largura.

Entre 1508 e 1512, o papa Júlio II chamou Michelangelo Buonarroti para contribuir com a decoração do espaço. O artista pintou o teto da Capela com representações do primeiro livro da Bíblica, Gênesis. São retratados episódios como as criações Divinas, o Pecado Original e o Dilúvio. Já na parede do altar, Michelangelo pintou o episódio do Apocalipse conhecido como Juízo Final.

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No dia 1º de novembro de 1512, esta obra gigantesca de Michelangelo foi inaugurada em Roma e aberta ao público pela primeira vez.

A pintura é composta por nove painéis dedicados à história do mundo bíblico. O mais famoso deles, provavelmente, é "A Criação de Adão", em que Deus e Adão esticam os braços um em direção ao outro. Em 1534, Michelangelo retornou à Capela Sistina para pintar "O Último Julgamento", na parede acima do altar, para o Papa Paulo III. Michelangelo seguiu trabalhando e morando em Roma até o dia de sua morte, no dia 18 de fevereiro de 1564.

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As eleições para o novo Santo Padre são realizadas no local desde 1492. São João Paulo II na Constituição Apostólica "Universi Dominici Gregis" destacou a Capela Sistina como local oficial para as eleições dos papas.

“Disponho que a eleição continue a desenrolar-se na Capela Sistina, onde tudo concorre para avivar a consciência da presença de Deus, diante do qual deverá cada um apresentar-se um dia para ser julgado”.

Quando o novo Papa é eleito, é conduzido à uma pequena sala, La Stanza del Pianto da Capela Sistina, que fica à esquerda do altar, debaixo do Juízo Final. Leva esse nome porque frequentemente o novo Papa se emociona por ter sido eleito. 

O espaço atrai mais de 5 milhões de pessoas anualmente, que disputam lugar para poderem apreciar o seu interior.


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