Leia MaisDom Leonardo Steiner é nomeado presidente do CimiNa Igreja Católica, as conferências episcopais apareceram como uma maneira de tornar mais direta e atualizada a comunhão dos bispos entre si e com o Papa.
Desta forma, a Igreja no País, junto com outras nações, como França, Estados Unidos e Alemanha, criou sua conferência.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nasceu para ser uma expressão forte do empenho em entregar ao episcopado uma maior oportunidade de pensamentos e ações. Em 2023, a Conferência celebra 71 anos de sua fundação.
O pioneirismo da Igreja no Brasil foi tanto que, apenas dez anos depois, no Concílio Vaticano II, entre 1962 e 1965, foi obrigada a criação das instituições para todas as nações.
Dom Helder, apóstolo da Conferência
O surgimento da CNBB é fruto do trabalho árduo do então Monsenhor Helder Câmara (depois bispo-auxiliar do Rio de Janeiro e, a partir de 1964, arcebispo de Olinda e Recife) que, a partir da condução dinâmica em seu ministério, juntamente dos muitos contatos com a Santa Sé, tornou concreto esse ideal.
“Estava madura a ideia da CNBB. Em um país de dimensões continentais, impunha-se um secretariado que ajudasse os bispos a equacionar com segurança os problemas locais, regionais e nacionais, em face dos quais a Igreja não pode ser indiferente”.
Além de Dom Helder, a criação da entidade teve as sugestões do Monsenhor Giovanni Battista Montini (que depois se tornaria o Papa Paulo VI).
Montini era substituto na Secretaria de Estado e imediato colaborador do Papa Pio XII, que aprovou a criação da Conferência Nacional.
Dom Helder foi secretário-geral da entidade em duas oportunidades: ele foi o primeiro, de 14 de outubro de 1952 até 10 de julho de 1958.
Na quarta assembleia ordinária da Conferência, houve a reeleição para o cargo, que ocupou até o dia 27 de outubro de 1964.
Por ocasião dos 25 anos da CNBB, Dom Helder escreveu um depoimento que foi publicado no jornal O São Paulo.
A fundação
Em 5 de maio de 1952, Dom Jaime de Barros Câmara e Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta escreveram carta a todos os bispos, expondo o projeto de fundação da Conferência, solicitando o seu parecer, além da proposta do primeiro Regulamento.
Assim, convocaram os arcebispos metropolitanos para a assembleia de fundação, que aconteceu de 14 a 17 de outubro daquele ano.
A reunião de instalação da CNBB foi realizada no palácio São Joaquim, no Rio de Janeiro (RJ), onde ocorreu também a eleição da comissão permanente encarregada de dirigir a entidade, constituída por Dom Alfredo Scherer, Dom Mário de Miranda Vilas Boas e Dom Antônio Morais de Almeida Júnior.
Dom Helder Câmara, idealizador da Conferência, foi designado Secretário-Geral, e o Cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, então Arcebispo de São Paulo, foi eleito o primeiro presidente da Entidade, função que exerceu por dois mandatos.
Estrutura
A CNBB possui um presidente, dois vices-presidentes e um secretário-geral, eleitos pela assembleia geral, conforme seu Estatuto Canônico.
Atualmente, a Conferência é presidida por Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte (MG); tendo como vices-presidentes: Dom Jaime Spengler, Arcebispo de Porto Alegre (RS), e Dom Mário Antonio Silva, Bispo de Roraima, e como secretário-geral, Dom Joel Portella Amado, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro.
Os mandatos da CNBB têm duração de quatro anos, podendo haver dois mandatos consecutivos.
De acordo com seu Estatuto, também constituem a CNBB um Conselho Permanente, um Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP) e para colaborar na animação pastoral das dioceses, mais 12 comissões episcopais pastorais e uma comissão especial, que visam o estudo e a manutenção das atividades teológico-pastorais.
No Brasil, são vinculados à CNBB o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), o Centro Nacional de Fé e Política (CEFEP), a Cáritas Brasileira, a Organização dos Seminários e Institutos Filosóficos-Teológicos do Brasil (OSIB), e diversas pastorais.
Como o Brasil é um país continental em seu território, a Conferência é agrupada em 18 regionais: Norte 1, Norte 2, Norte 3, Noroeste, Nordeste 1, Nordeste 2, Nordeste 3, Nordeste 4, Nordeste 5, Centro-Oeste, Leste 1, Leste 2, Oeste 1, Oeste 2, Sul 1, Sul 2, Sul 3 e Sul 4.
Atribuições
São diversos pontos onde a CNBB realiza suas ações, entre os principais:
CNBB e o Santuário Nacional
A Capital Mariana da Fé e principal ponto de peregrinação de católicos no País, o Santuário Nacional de Aparecida é parte importante da Conferência, auxiliando no serviço de congregar o episcopado da Igreja Católica no País.
Em maio de 2007, durante a quinta edição da Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe (CELAM), realizada no Santuário Nacional e com a presença do Papa Bento XVI , foi desenvolvido o Documento de Aparecida, que até hoje guia os passos da evangelização em nosso continente.
“Não se pode ter comunhão na Igreja e nem ser uma Igreja de comunhão no coração do mundo senão a partir da experiência do encontro pessoal com Cristo que é uma tônica, fundamental, no documento de Aparecida”, enfatizou Dom Walmor.
Desde 2011, a Assembleia Geral da entidade é realizada no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, em Aparecida (SP), assim como outras reuniões regionais e de presbíteros.
Especial 70 anos
Especialmente para os 70 anos da entidade, foi produzido um grande programa dentro da Basílica Nova, que contou com orações, músicas, homenagens e agradecimentos a todos os que fizeram parte da história da CNBB, com a exibição de vídeos e depoimentos de bispos e outros personagens.
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