A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou oficialmente, na manhã desta Quarta-feira de Cinzas (02), a Campanha da Fraternidade de 2022. Em prevenção à Covid-19, pelo segundo ano consecutivo, o momento aconteceu de forma virtual.
A abertura oficial iniciou com pronunciamentos dos membros da CNBB e convidados, apresentados em um vídeo, além da participação, ao vivo, do Secretário-Geral da CNBB, Dom Joel Portella, o Secretário-Executivo de Campanhas da CNBB, Padre Patriky Samuel Batista, e o Padre Júlio César Rezende, membro da Pastoral da Educação e da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e Educação da CNBB.
A edição deste ano faz um convite à reflexão sobre a relação entre fraternidade e educação. Já tendo, por duas vezes, se debruçado sobre essa temática (1982 e 1998), a realidade dos dias atuais trouxe o tema de volta ao destaque que foi então escolhido para mais uma Campanha da Fraternidade: “Fraternidade e Educação” e o lema bíblico, extraído de Provérbios 31, 26: “Fala com sabedoria, ensina com amor”.Leia MaisO que você precisa saber sobre a Campanha da Fraternidade de 2022?
A CF 2022 é impulsionada pelo Pacto Educativo Global, convocado pelo Papa Francisco. Na carta convocação ao Pacto, o Santo Padre apresenta elementos constitutivos de uma educação humanizada, que contribua na formação de pessoas abertas, integradas e interligadas. E que também sejam capazes de cuidar da casa comum.
Na ocasião da manhã de hoje, o Papa Francisco também enviou uma mensagem para o início da Quaresma e da Campanha da Fraternidade 2022. Na carta, o Pontífice relembrou e destacou que a Igreja no Brasil propõe a reflexão de todos para a relação entre a fraternidade e educação. Fundamental para a valorização do ser humano em sua integralidade, evitando a cultura do descarte que coloca os mais vulneráveis a margem da sociedade, despertando para a importância do cuidado da criação.
“Efetivamente ao olhar para a sociedade hodierna, percebe-se de maneira muito clara a urgência em adotar ações transformadoras no âmbito educativo, a fim de que tenhamos uma educação promotora da fraternidade universal e do humanismo integral, como recordado do convite para um pacto educativo global. Nunca como agora houve necessidade de unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna”.
Nessa perspectiva, o Secretário-Geral da CNBB, Dom Joel Portella, aproveitou para reforçar que a educação deve ser compreendida mais que um ato escolar, com transmissão de conteúdo ou preparação técnica para o mundo do trabalho.
“Eu desejo que, de algum modo, a proposta da Campanha da Fraternidade deste ano fique clara. Para isso eu destacaria educação integral e a palavra integral aqui, no sentido mais amplo que ela pode vir a ter. Não restringir educação aos aspectos cognitivos e mercadológicos, mas perceber que o ser humano, além de razão e inserção, é também, por exemplo, sentimento, solidariedade, compromisso sócio ambiental e assim por diante. Que o processo educacional não forme apenas máquinas racionais para a inserção do mercado. Se isso é importante, não é exclusivo é preciso alargar o horizonte para fraternidade, para solidariedade.”
Trata-se de um processo que envolve uma “comunidade” ampliada que inclui todos os atores (família, Igreja, Estado e sociedade). Por isso, mais que abordar a problemática educacional, a campanha vai refletir sobre os fundamentos do ato de educar na perspectiva católico-cristã.
Desta maneira, o membro da Pastoral da Educação e da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e Educação da CNBB, Padre Júlio César Rezende fez um pedido as Comunidades Eclesiais.
“Aqui eu gostaria apenas de sublinhar os processos em que as Comunidades Eclesiais são chamadas a iniciar e a intensificar os seus serviços pastorais de apoio, de proximidade com diversos ambientes da educação, seja a educação formal nas escolas, nas universidades, assim também como em outras instâncias da educação. Então, que a campanha também nos desperte para esta sensibilidade do cuidado como Igreja”.
Em face a tudo isso, o Secretário-Executivo de Campanhas da CNBB, Padre Patriky Samuel Batista, lembrou que a Campanha da Fraternidade recorda a sociedade que educar não é um ato isolado.
“A Campanha da Fraternidade deseja ser um oásis de reflexão nesse contexto que nós estamos vivendo. Pensar a educação na sua integralidade. A gente insiste muito isso. Por isso, que seja capaz de inspirar uma reflexão sincera e atual em relação a esses tantos desafios que nós temos”.
Durante a abertura, foi anunciado que no Santuário Nacional de Aparecida, o lançamento oficial da Campanha da Fraternidade de 2022, vai ocorrer no próximo domingo (06), durante a celebração da missa das 8h.
Fonte: A12
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