“Com efeito, ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo!”. Essa frase pertence a São Jerônimo, um sacerdote do século IV, muito conhecido por ter traduzido a Bíblia para o Latim, tradução que chamamos Vulgata. Esse nome vem de “vulgata versio”, que significa “versão de divulgação para o povo.”
São Jerônimo, então, traduziu a Bíblia para um Latim de fácil compreensão para as pessoas comuns daquela época. Isso é muito interessante, porque mostra que, desde então, existe uma preocupação da Igreja por fazer que a Palavra de Deus seja compreensível para todos.
Nesse mês de Setembro, em que celebramos o mês da Bíblia, temos mais uma oportunidade para buscar compreender melhor a Palavra de Deus. Essa Palavra não foi dita só para os mais estudiosos, para os sacerdotes, para grandes teólogos. Na verdade, ela foi dita de maneira especial para os mais simples, para os que se reconhecem necessitados de Deus.
Por isso, é preciso, antes que tudo, um espírito simples e humilde para que a Palavra entre em nosso coração e possa dar os frutos que veio para dar. Somos todos chamados a conhecer a Palavra de Deus.
A resposta é muito simples. Porque a história que se conta na Bíblia é a história de Deus comigo. Não é somente a história de Deus com o seu povo eleito ou a história dos inícios da Igreja. A Palavra de Deus é viva e me interpela hoje. Ela fala comigo a cada dia. Por meio dessa Palavra, Deus pode me guiar por onde Ele quiser e fazer da minha vida uma vida feliz para mim e para os que me rodeiam.
Gosto de pensar em uma figura quando leio a Bíblia. Somos todos peregrinos nessa terra e caminhamos rumo ao Céu. Os diversos livros que compõem o cânon da Bíblia seriam como cartas da nossa Pátria celeste, que nos ensinam como viver para chegar um dia ao nosso destino.
Por outro lado, por meio delas podemos já experimentar um pouco do que vamos viver eternamente junto a Deus, o que nos dá esperanças para continuar lutando no nosso dia a dia por viver de acordo com essa Palavra de Verdade que encontramos.
Nós, como católicos, precisamos conhecer mais a Jesus. E ler as Escrituras é um meio privilegiado para que nos encontremos com Ele. Por isso, é tão importante que tenhamos familiaridade com os textos Sagrados.
Leia MaisSão Jerônimo, o esforçado tradutor da BíbliaA Bíblia é um livro fascinante, mas realmente pode ser difícil de entender em alguns momentos. Por isso, precisamos de muita humildade para reconhecer nossos limites e de confiança na Igreja que, guiada pelo Espírito Santo, recebeu a responsabilidade de guardar e interpretar corretamente a Sagrada Escritura. E é isso que ela vem fazendo a mais de dois mil anos.
Isso não quer dizer que nós, simples fiéis, não possamos ler a Bíblia. Muito pelo contrário, o catecismo diz que “É preciso que o acesso à Sagrada Escritura seja amplamente aberto aos fiéis”. Simplesmente temos que ler a Bíblia junto com a Igreja, por exemplo, escutando aos nossos Bispos e, de maneira especial, ao Papa.
O Papa Francisco vem insistindo muito na necessidade dos católicos alimentarem-se diariamente da Palavra de Deus. Um conselho prático que ele já deu algumas vezes foi o de levarmos sempre conosco um Evangelho de bolso. Assim, podemos - sempre que tenhamos um tempinho, na fila do banco, no engarrafamento ou em qualquer situação - alimentar o nosso Espírito com a Palavra de Deus.
Que cresçamos ainda mais no nosso amor a Deus por meio das Sagradas Escrituras. E que Jesus, a Palavra única de Deus, possa ir fazendo, cada vez mais, morada nos nossos corações, que o conheçamos mais e, assim, possamos mostrar melhor para todo o mundo que Ele continua sendo uma Palavra viva, que transforma os corações dos homens tornando-os verdadeiramente felizes.
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