“A todos os animais selvagens, a todas as aves do céu e a todos os seres que rastejam pelo chão e nos quais há um sopro de vida, eu dou como comida toda vegetação”. E assim aconteceu. Deus viu tudo que havia feito: era muito bom.” (Gn 1, 29-31)
A 62ª Campanha da Fraternidade terá início oficialmente em 5 de março de 2025, na Quarta-feira de Cinzas, mas a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) já disponibilizou os materiais para que comunidades, paróquias e o povo de Deus já possa se inteirar, rezar e refletir sobre o tema “Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema baseado nesta passagem do Gênesis.
No Portal A12, atualizamos você a respeito do que se trata a Conversão Ecológica, baseada na Encíclica Laudato Si do Papa Francisco e adotada pelo Texto Base da Campanha, que nos ensina a fazer um “exame de consciência” ao reconhecer as muitas vezes em que prejudicamos a Casa Comum e que além do arrependimento sincero, precisamos realizar ações concretas de reparação, implicando uma mudança de mentalidade e estilo de vida que incluem renovação espiritual e ética.
A partir do Texto-Base, listamos aqui algumas passagens bíblicas que nos ajudam a superar esta complexa crise ambiental e social que vivemos no mundo, pois a Sagrada Escritura ilumina a nossa caminhada como Igreja, pois somos seguidores de Cristo. Os trechos mostram que a Ecologia Integral é uma proposta desafiadora de integração da Igreja com as esferas do ser humano (economia, política, cultura, educação, espiritualidade, entre outros). Confira!
Antigo Testamento — A Criação
No documento oficial da Campanha da Fraternidade, são exibidos detalhes importantes do início da Bíblia, no livro de Gênesis.
“No princípio Deus criou o céu e a terra. A terra estava sem forma e vazia; as trevas cobriam o abismo e o espírito de Deus se movia sobre a superfície das águas. Deus disse: “Faça-se a luz!”. E a luz foi feita. Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas” (Gn 1, 1-4)
Nesta narrativa, o destaque está no ritmo dos sete dias da Criação (a luz, o Céu, o mar e a terra, Sol, Lua, estrelas, animais e o ser humano). No sétimo dia, o do descanso, é o tempo para as pessoas se reunirem para cultivar a memória da ação criadora e libertadora de Deus, louvando ao Senhor, alimentando a esperança. Esta passagem contempla o ser humano no meio de elementos que têm grande importância, pois não cabe a nós humanos uma autonomia absoluta em relação aos outros seres criados.
O “pecado ecológico” é citado no livro do Êxodo, onde aprendemos a existência de políticas opressivas, violentas e contraditórias, resultando em catástrofes ambientais, como o exemplo das decisões do Faraó, que ao impedir a liberdade dos hebreus, Deus permitiu as “nove pragas” (poluição das águas, invasão de rãs, mosquitos, moscas, gafanhotos, morte do gado, chuva de fuligem e de granizo, além da morte dos primogênitos e animais domésticos). Isso mostra que à luz da Palavra de Deus, a natureza reage às decisões erradas do ser humano.
“Moisés e Aarão fizeram o que Javé lhes tinha mandado. Aarão levantou a vara e feriu as águas do rio à vista do faraó e de seus servidores, e toda a água do rio transformou-se em sangue” (Ex 7, 10)
Mas ao mesmo tempo, o povo libertado e obediente ao Senhor é beneficiado. Ao atravessarem o deserto, uma região totalmente pobre de recursos, o povo de Deus encontra água, alimentos (maná e codornizes), favorecendo a sobrevivência do ser humano, ocorrendo um encontro particular com Deus, que cuida de cada um de nós, nos fazendo caminhar à Terra Prometida, mesmo com a escassez e limitações temporárias.
“Ouvi as murmurações dos israelitas. Fala-lhes assim: ‘Ao entardecer comereis carne e pela manhã vos saciareis de pão, e sabereis que eu sou Javé, vosso Deus’. De fato, à tarde surgiram codornizes que cobriram o acampamento; e pela manhã havia uma camada de orvalho em torno do acampamento” (Ex 16, 12-13)
Novo Testamento — Exemplos ecológicos de Jesus
Nosso Senhor em suas parábolas sempre se utilizou da natureza criada por Deus Pai para evangelizar os povos.
No Evangelho de São Marcos, Cristo menciona diversos itens, como as sementes, o solo, o chão não arado “à beira do caminho”, o “terreno pedregoso, onde não havia muita terra”, “o sol queimante” e “os espinhos sufocantes”, que participam dos ensinamentos divinos para buscarmos a Vida Eterna.
“Outras sementes caíram entre os espinhos; estes cresceram e as sufocaram, e elas não deram frutos. E outras caíram em terra boa e deram fruto depois de crescerem e se desenvolverem. Umas produziram trinta vezes mais; outras, sessenta e outras, cem” (Mc 4, 7-8).
Durante a Última Ceia de Jesus, contemplamos o que representa os pães ázimos, consumidos pelo povo judeu durante a festa da Páscoa. Feitos somente de farinha e água, são menos saborosos, lembrando a aflição sofrida pelos hebreus no Egito, mas também o projeto libertador de Deus, a partir da Nova Aliança, Jesus, que se fez como Pão para nós, e alimenta nossa fé, assim como diz São Paulo aos Coríntios.
“Eliminai o velho fermento para serdes uma nova massa, já que sois ázimos. Pois o Cristo, nossa páscoa, foi imolado. 8Celebremos, portanto, a festa, não com fermento velho, nem com fermento de malícia e de perversidade, mas com ázimos de pureza e de verdade” (1Cor 5,7-8).
Nesta Campanha da Fraternidade, a Igreja no Brasil deseja que possamos redescobrir a relação entre a Eucaristia e o cultivo da Ecologia Integral, pois o Senhor quer chegar ao nosso íntimo através de um pedaço de matéria e também através da Palavra.
“A Eucaristia une o Céu e a terra, abraça e penetra toda a criação. O mundo, saído das mãos de Deus, volta a Ele em feliz e plena adoração. A Eucaristia é também fonte de luz e motivação para nossas preocupações pelo meio ambiente, e nos leva a sermos guardiões da criação inteira”, diz o Papa na Encíclica Laudato Si.
.:: Saiba mais sobre a Campanha da Fraternidade nesta página especial do A12
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