Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), nesta segunda-feira (5) celebramos o Dia Mundial da Ecologia e do Meio Ambiente, pois, no mesmo dia, em 5 de junho de 1972, aconteceu a primeira Conferência Mundial sobre o tema em Estocolmo, capital da Suécia.
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Nas últimas décadas, a preocupação com a preservação dos recursos naturais aumentou devido aos avanços da poluição industrial, excesso de consumo destes recursos e principalmente pelos constantes desmatamentos e queimadas, principalmente na Floresta Amazônica.
Por isso, a Igreja Católica entrou de uma vez por todas como um dos protagonistas para debater e refletir sobre os graves problemas ambientais que o planeta está sofrendo, e a cada pontificado na história, os Papas deram a sua contribuição para que cada um de nós faça nossa parte pelo cuidado com nossa Casa Comum.
São João XXIII
Em outubro de 1962, Angelo Roncalli, como bispo de Roma, demonstrou preocupação a respeito do uso dos recursos naturais no planeta.
“O Paraíso sobre a terra é o uso moderado e prudente das coisas belas e boas, que a Providência espalhou pelo mundo, sem ser exclusivas a ninguém e úteis a todos. (…)
Paz na concórdia, na mútua comunicação, de um lado a outro do mundo, das imensas riquezas de várias ordens e natureza que Deus confiou ao intelecto, à vontade, às investigações dos homens, a fim de que a justa repartição marque a prevalência dos princípios de sociabilidade que são de Deus e a Deus regressam”.
São Paulo VI
Na Carta Apostólica Octogesima Adveniens, de maio de 1971, o Santo Padre também alertava sobre o exagero em explorar os bens naturais para interesses próprios.
“De um momento para outro, o homem toma consciência dela: por motivo da exploração inconsiderada da natureza, começa a correr o risco de destruí-la e de vir a ser, também ele, vítima dessa degradação.
Não só já o ambiente material se torna uma ameaça permanente, poluições e lixo, novas doenças, poder destruidor absoluto; é mesmo o quadro humano que o homem não consegue dominar, criando assim, para o dia de amanhã, um ambiente global, que poderá se tornar insuportável”.
São João Paulo II
O santo polonês durante seu pontificado enfatizou que a mesma tecnologia e modernidade que poluí a natureza, pode despoluí-la, para que assim prevaleça o respeito pela vida e a dignidade do ser humano.
“Mas o equilíbrio do ecossistema e a defesa da salubridade do ambiente têm necessidade precisamente da responsabilidade do homem e de uma responsabilidade que deve estar aberta às novas formas de solidariedade.
É preciso uma solidariedade aberta e compreensiva para com todos os homens e todos os povos, uma solidariedade fundada sobre o respeito da vida e sobre a promoção de recursos suficientes para os mais pobres e para as gerações futuras”, disse o Santo Padre.
Bento XVI
De muitas vezes que discursou sobre a questão ambiental, Joseph Ratzinger era conhecido como o “Papa Verde”, pois até mesmo em ações no seu pontificado, fez questão de praticar a sustentabilidade.
Bento XVI conseguiu tornar a sede da Igreja livre de emissões de carbono e pediu a instalação de sistemas de energia solar, transformando o Vaticano no Estado mais verde do mundo.
Até o seu Papamóvel entrou na onda ecologicamente correta, o carro do papa emérito era híbrido e seguido por batedores que conduziam dois veículos elétricos.
“Referi-me várias vezes a estas questões na minha última encíclica Caritas in veritate, não apenas nas relações entre os países, mas também entre os homens individualmente, porque o ambiente natural é oferecido por Deus a todos, e o seu uso comporta uma nossa responsabilidade pessoal por toda a humanidade, de modo particular pelos pobres e as gerações futuras”, disse o Papa numa Audiência Geral em agosto de 2009.
Francisco
O atual líder da Igreja Católica seguiu os passos de Bento XVI ao sempre abordar a preservação do meio ambiente.
Em 2015, Francisco lançou a Laudato Si, Carta Encíclica onde pede atenção com a nossa Casa Comum, ou seja, a nossa Terra, a natureza e todo o bem que ela nos proporciona.
“A violência, que está no coração humano ferido pelo pecado, vislumbra-se nos sintomas de doença que notamos no solo, na água, no ar e nos seres vivos. Por isso, entre os pobres mais abandonados e maltratados, conta-se a nossa terra oprimida e devastada, que geme e sofre as dores do parto”, disse o Sumo Pontífice.
No dia 4 de outubro de 2023, Papa Francisco publicou a Exortação “Laudate Deum”, uma continuação da Laudato Si’. O documento cobra respostas sobre as crises climáticas e comenta sobre a irresponsabilidade de empresas que buscam o enriquecimento, mas esquecem dos impactos ao meio ambiente.
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Fonte: Vatican News
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