Leia MaisA viagem de Maria e José para Belém A Basílica da Natividade, construída sobre o lugar onde, segundo a tradição, Jesus nasceu, é o segundo lugar mais visitado na Terra Santa, depois do Santo Sepulcro.
Belém fica distante apenas 10 quilômetros de Jerusalém, onde Jesus vivenciou os seus últimos momentos, a crucifixão e morte.
Na noite de Natal, católicos do mundo inteiro celebram o nascimento de Cristo na Basílica. No local existe um grande complexo formado pela Basílica, a Gruta da Natividade propriamente dita, Basílica de Santa Catarina, Igreja Armênia Ortodoxa, Gruta do Leite, Mesquita do Califa Omar, a Praça da Manjedoura, entre outros atrativos.
Hoje, depois de mais de dois mil anos, a permanência deste templo diante de uma realidade de constantes conflitos religiosos e civis, nos diz que somente por meio da fé poderemos alcançar a paz e a unidade dos povos.
Além de Jesus, o Rei de Israel, Davi, também nasceu em Belém. Por isso, no evangelho temos a expressão “Jesus, Filho de Davi”.
Seus pais eram descendentes do rei e por isso, também eles podem ter nascido em Belém, mas os dados históricos são escassos para confirmar essa informação.
Belém guarda uma história singular, como toda a Terra Santa. Então, listamos algumas curiosidades históricas e simbólicas do local.
Religiões dividem o uso do templo
Dividem o espaço da Basílica com os Franciscanos, juntamente com a Gruta da Natividade, gregos e armênios ortodoxos, porém em horários diferentes.
Este espaço foi cenário de muitas disputas entre os mesmos. Somente em 1853 fizeram um acordo sobre os horários e coisas a serem conservadas nestes lugares, sobretudo na gruta. Este acordo é denominado status quo.
O local já abrigou um templo pagão
Antes da construção da Basílica da Natividade, o local onde Jesus nasceu foi transformado por Adriano, imperador romano em 135 d.C., em um templo para Adonis, o deus da beleza e do desejo.
A mediação de Santa Helena
Séculos se passaram até que Santa Helena pediu para seu filho, o imperador Constantino, construir o templo em honra ao Menino Deus. Foi Constantino que oficializou o cristianismo como a religião do Império Romano.
A Porta da Humildade
Hoje, quem entra na Igreja da Natividade de Jesus, em Belém, precisa passar por uma pequena porta, de pouco menos de um metro e meio de altura. Ela é chamada Porta da Humildade. Antes existiam outras portas maiores, mas com o passar dos anos, com a intenção de proteger a Igreja, a porta ficou nesse tamanho.
Para entrar onde Jesus nasceu, é preciso inclinar-se e, nessa atitude, podemos compreender uma verdade profunda, a de que precisamos ser humildes para entender o mistério de sua vida.
Sobreviveu a invasões
A segunda basílica, construída pelo imperador Justiniano, no mesmo lugar da primeira, que fora destruída na revolta dos samaritanos, era ainda maior. É a que conhecemos na atualidade e foi salva durante as diversas invasões, em que foram destruídos os outros templos da época constantina ou bizantina.
A invasão persa, no ano 614, devastou quase todas as igrejas e mosteiros da Palestina, mas respeitou a basílica de Belém ao encontrar, no seu interior, um mosaico onde os Reis Magos estavam representados com trajes usados na sua terra.
A manjedoura
A manjedoura onde Maria colocou Jesus é um buraco na rocha, recoberto de mármore e uma estrela de prata, que recorda a visita dos Magos a Belém:
“Vimos a Sua estrela no Oriente e viemos adorá-Lo… E eis que a estrela foi adiante deles, até que veio ao lugar onde a criança estava”.
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