Dom Pedro Carlos Cipollini, Bispo de Santo André (SP), é um dos cinco bispos escolhidos pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) na Assembleia do Sínodo dos Bispos. Esta importante reunião está acontecendo no Vaticano até o dia 27 de outubro, e tem como objetivo discutir o futuro da Igreja.
Ele participou da Coletiva de Imprensa da segunda e última sessão do Sínodo nesta quinta-feira (17), que está prestes a concluir as reflexões sobre o terceiro Módulo do Instrumentum Laboris, que fala de lugares.
O bispo destacou sobre três conversões: pastoral, que tem a ver com o modo de exercer a missão, e também na mídia, alargar os lugares de evangelização; da conversão estrutural, mais desafiadora, tendo como horizonte o Reino de Deus; e da conversão espiritual, a partir do encontro com a pessoa de Jesus, que é a referência, ponto de partida e de chegada, insistindo na importância da Palavra de Deus e do testemunho pessoal de vida.
“As palavras podem convencer, mas é o testemunho que arrasta”, enfatizou. Dom Pedro defendeu a necessidade de uma mudança racional e emocional, e para isso se faz necessário “aprender a dar adeus a coisas antigas que já cumpriram sua missão e acolher o novo que está chegando neste Sínodo”.
Entre os assuntos discutidos na coletiva, o prefeito do Dicastério para a Comunicação, Paolo Ruffini, destacou o serviço da Vida Religiosa, a importância da relação entre sinodalidade e primazia com a contribuição das igrejas orientais, as contribuições dos fóruns teológicos, o papel das conferências episcopais, como responder às perguntas da cultura e do contexto.
Junto com isso, no Sínodo estão sendo refletidas outras questões: o valor das igrejas locais, o papel dos bispos, a necessidade de não ter medo da sinodalidade, o status das conferências episcopais, a importância da escuta do Papa aos fiéis e a centralidade da Eucaristia, entre outras questões. Finalmente, Ruffini lembrou que nesta sexta-feira (18) haverá um encontro dos membros da Assembleia Sinodal com mais de 150 jovens na Sala Sinodal.
Dom Cipollini já tem uma longa caminhada na Igreja, tendo sido nomeado, em 2011, para a Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé. Em 2015, ele foi eleito presidente desta comissão, sendo reeleito em 2019. Agora, como delegado no Sínodo, ele traz informações importantes sobre o que está sendo discutido.
Uma das grandes novidades desta fase do Sínodo são os 10 Grupos de Estudo criados pelo Papa. Esses grupos têm a missão de estudar e discutir temas mais complexos, que ainda não foram totalmente abordados nas conversas.
Dom Cipollini explicou: “Nós já tínhamos participado da primeira sessão, já estávamos ambientados com o clima e o tipo de trabalho. Porém, tem uma diferença, por exemplo, a criação das 10 Grupos de Estudo sobre as temáticas, pelo Papa, que trabalharão assuntos mais complexos influem porque esses temas não estão sendo discutidos”.
O bispo também falou sobre a questão do clericalismo, que é quando as pessoas acham que apenas os padres e bispos devem tomar todas as decisões na Igreja. Esse é um ponto que precisa ser discutido para que toda a comunidade se sinta mais envolvida nas decisões e nos trabalhos da Igreja.
“De modo que estamos caminhando por aí; os trabalhos são discutidos e sintetizados no próprio grupo. Além dos círculos menores, temos também as plenárias onde cada um pode se inscrever e falar”.
Com todas essas discussões e reflexões que estão sendo feitas no Sínodo, é possível perceber que a Igreja está em um momento muito importante de sua história, onde as decisões tomadas podem trazer mudanças significativas para o futuro.
Sempre buscando estar mais próxima dos fiéis, mais aberta à participação de todos e sempre com a missão de anunciar o Reino de Deus, de modo que, ao unir os esforços de leigos e religiosos, a Igreja se torna um verdadeiro sinal de esperança, fé e amor no mundo, comprometida com uma missão que vai além de si mesma e que se coloca a serviço de toda a humanidade.
.:: Adote um bispo em oração: junte-se ao Papa na jornada sinodalFonte: CNBB
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