A Campanha da Fraternidade é um modo pelo qual a Igreja no Brasil vivencia a Quaresma. Em 2021, a CF é ecumênica e traz um convite para nos educar para o diálogo.
É o momento de refletir, avaliar e identificar caminhos para a superação das polarizações e das violências que marcam o mundo atual.
Dentro desse contexto e respondendo a várias críticas que circulam na internet sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano, o arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Scherer fala sobre a iniciativa da Igreja Católica que acontece desde a década de 60.
“É uma Campanha de Evangelização popular. Durante a Quaresma sempre se aborda um aspecto da dimensão social da nossa fé. Nossa fé em Deus, não esqueçamos, tem sempre uma dimensão social, da caridade, da fraternidade. Sem fraternidade, nossa fé em Deus, pode ser vazia”, falou Dom Odilo sobre a Campanha deste ano.
O Cardeal explicou que a Campanha da Fraternidade 'se insere dentro do tema da Quaresma quando todos nós somos chamados a nos convertermos mais e mais ao Evangelho. Convertei-vos e crede no Evangelho (Mc 1, 15)'.
.:: Oração da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021
“A Campanha da Fraternidade todos os anos propõe um tema e uma comissão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) prepara os textos. É o Conselho Pastoral da CNBB que aprova o texto. A cada cinco anos a Campanha da Fraternidade é promovida de forma ecumênica. Isso foi pedido, aceito e é uma ideia importante envolvendo outras Igrejas Cristãs na promoção da Campanha da Fraternidade”.
Dom Odilo ainda explicou que a campanha deste ano é promovida de forma ecumênica e o texto base foi preparado pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), do qual também faz parte a Igreja Católica no Brasil. “O texto base é importante, pois traz uma reflexão básica sobre o tema, ele ajuda a reflexão da Campanha da Fraternidade ao longo da Quaresma”.
"Neste ano, antes que a Quaresma inicie, nós já estamos com uma polêmica em torno do Texto-Base [da Campanha da Fraternidade]. Essa polêmica está movida por preconceitos e paixão anti-ecumênica; além de acusações infundadas contra a CNBB, é uma polêmica também marcada por polarização ideológica", afirmou.
E continuou dizendo que “o objetivo é, justamente, aproximar as Igrejas, é promover uma iniciativa boa juntos”.
O Cardeal pede ainda que o que tiver que ser criticado, seja feito com serenidade, mas julgar antes mesmo de iniciar a Campanha da Fraternidade não é de caridade em relação à Igreja e falta com a verdade.
Confira na íntegra:
Em 2021 a Campanha da Fraternidade é ecumênica. Todos os anos a CF é realizada pela Igreja Católica, porém ela já acontece de forma ecumênica envolvendo outras igrejas cristãs e é uma iniciativa que tem sido realizada a cada cinco anos por diversas denominações cristãs.
É realizada promovida de forma ecumênica, valorizando o que cada Igreja tem de bom. A primeira CFE foi organizada no ano 2000.
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