São muitas as decisões que tomamos durante a vida. Todos os dias estamos decidindo fazer isto, aquilo ou ainda aquilo outro. E elas variam também de importância. Vão desde escovar os dentes ou não, passando por algo um pouco mais importante como matar aula ou não até decisões que marcam nossa vida como, por exemplo, a da vocação a seguir. E quanto mais importante elas vão ficando, mais difícil pode ser de toma-las. Seja porque não temos as coisas claras, seja porque nos falta coragem para dar um salto de confiança, ou por diversos outros motivos. Nesses momentos, podemos voltar o nosso olhar a Maria.
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Maria, como sabemos todos, era uma jovem de não mais que quinze ou dezesseis anos quando recebeu o anúncio do anjo dizendo que seria a mãe do Senhor. Sabemos que ela, como boa judia, era uma menina com profunda vida interior, ou seja, com todas as disposições necessárias para escutar a voz de Deus. Essa é uma primeira característica para todo aquele que quer tomar uma decisão importante: Ter o hábito de estar com o Senhor, de lhe falar na oração. E como isso é difícil hoje em dia. Em geral estamos correndo de um lado para o outro e pouco tempo damos a Deus. Mas sem isso, de que tipo de vocação estamos falando a final?
Quando Maria escuta a saudação do anjo, fica intrigada. E depois de escutar o que ele tinha para dizer, faz uma pergunta interessante: “Como é que vai ser isso”? Aqui poderíamos pensar que Maria estava duvidando daquilo que o anjo lhe disse, mas não é bem assim. Para entender melhor, podemos olhar uns poucos versículos antes, quando a Bíblia narra o anúncio do nascimento de João Batista à Zacarias. O anjo diz a Zacarias que sua mulher, Isabel, ficará grávida mesmo estando já de idade avançada. A esse anúncio, Zacarias faz uma pergunta muito parecida com a de Maria: “De que modo saberei disso”?
O que acontece a seguir é, no entanto, diferente em ambos casos. Ao escutar a resposta de Zacarias, o Anjo lhe repreende uma falta de confiança, um ceticismo, e lhe diz que ficará mudo “porque não creste em minhas palavras, que se cumprirão no tempo oportuno”. O caso de Maria é muito diferente. À sua resposta, o anjo diz: “O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo vai te cobrir com sua sombra”. Não há ceticismo aqui, não há desconfiança. Há um genuíno desejo de saber como se cumprirá nela a vontade de Deus.
Nós também podemos ter perguntas. A questão vocacional é, de fato, algo muito importante para não ser levado a sério. É preciso dar-se o tempo para pensar, rezar, refletir, ser acompanhado por outros. E nesse caminho muitas perguntas surgirão. Mas o que importa talvez seja a atitude com a qual façamos as perguntas. Se as fazemos como Zacarias, meio desconfiados de que o Senhor possa realmente obrar essas maravilhas em nossa vida, significa que não estamos realmente abertos ao Senhor e ao que Ele quer. Eu, padre? Como assim? (Querendo dizer, impossível, nem gosto de ir à missa! Ou algo parecido). Agora, se as fazemos como Maria, com um coração já entregue ao Senhor e simplesmente querendo um pouco mais de luzes para o caminhar, com certeza Deus iluminará com o que possamos entender e que seja necessário para o nosso sim. Eu, casado? Como assim? (Interiormente dizendo: “Tudo bem Senhor, mas ainda não encontrei a pessoa certa, te peço que me ajude nisso também).
Seja qual for a nossa vocação, olhemos para Maria e o seu exemplo de acolhida e resposta ao Plano do Senhor. Que possamos ter essa sensibilidade espiritual para colocar-nos nas mãos de Deus para o que Ele quiser, confiados em que esse é o único meio para que sejamos realmente felizes e que façamos os outros felizes.
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