Por Joana Darc Venancio Em Igreja Atualizada em 02 ABR 2019 - 16H26

Educação para a Verdade e para a Esperança

Ser Educador Católico é saber que a Educação tem Jesus Cristo como início e fim de seu processo. “Eu sou o Alfa e o Ômega”, diz o Senhor Deus, “o que é, o que era e o que há de vir, o Todo-poderoso”. (Ap 1,8). A Educação Católica deve levar o educando, seja ele filhos, catequizandos ou alunos, ao encontro com Jesus. É na esperança que fomos salvos! (Rm 8,24). Elucida Papa Bento XVI na Carta Encíclica Spe Salvi: sobre a esperança cristã: (...) quem não conhece Deus, mesmo podendo ter muitas esperanças, no fundo está sem esperança, sem a grande esperança que sustenta toda a vida (cf. Ef 2,12). A verdadeira e grande esperança do homem, que resiste apesar de todas as desilusões, só pode ser Deus – o Deus que nos amou, e ama ainda agora. Até ao fim, até à plena consumação (cf. Jo 13,1 e 19,30). Quem é atingido pelo amor começa a intuir em que consistiria propriamente a vida. 

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Fotos: Shutterstock

Vivemos tempos conturbados que testam nossa fé. Diante de tanta pobreza cultural, espiritual e material. É necessário ter raízes profundas para não se abalar ou permitir ser envolvido por discursos e práticas ideológicas que destroem a Verdadeira Educação e junto com ela a Fé.

Muitas ideologias interferem na educação e afastam o homem cada vez mais da sua identidade humana e da sua condição de imagem de Deus. Neste sentido, é o próprio Deus que por elas está sendo combatido e jogado para fora da história humana. Deus nos escolheu e nos amou e a Ele pertencemos! Ele nos amou tanto que entregou seu Filho por nós. No entanto, forças contrárias querem descontruir a Verdade e impor mentiras como as novas verdades. É um processo educacional a serviço do mal e não do bem. Porém, na maioria das vezes, é apresentada como inovação, aprimoramento, e até a favor do bem comum e da dignidade humana, mas está a serviço da destruição de “nossa Esperança”; portanto, da destruição do próprio Homem.

São muitas ofertas de supostas propostas educacionais. Nós, Católicos, necessitamos discernir aquelas que não têm a ver com os ensinamentos de Jesus e da Igreja. Algumas são apresentadas com adornos de uma educação para a liberdade e para a autonomia. No entanto, podem nos confundir com o discurso bonito e com argumentos bem estruturados. As bases e propósitos das mesmas nos afastam da verdade e da Esperança sem que percebamos e até nos faz sentir orgulhosos de tê-las escolhido. Tudo perpassado com muita sutileza para que não as rejeitemos ou reajamos. Disse Jesus: “Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro” (Mt 13,30).

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A Educação que leva à Verdade e à Esperança não deixa se seduzir pelo modismo, pelo mercado e pelas ideologias que embaçam os valores perenes. Infelizmente, muitas vezes as instituições, ou parte delas, responsáveis pela educação - família, Igreja e escola - nem sempre resistem e acabam cedendo aos discursos, às tendências e aparatos contrários aos princípios Católicos. A esperança Evangélica deve nos fazer resistir! Diz Papa Bento XVI na Carta Encíclica Spe Salvi: (...) da esperança destas pessoas tocadas por Cristo brotou esperança para outros que viviam na escuridão e sem esperança. (...) A Fé é substância da esperança. (...) Para nós, hoje a fé cristã é também uma esperança que transforma e sustenta a nossa vida? O homem tem necessidade de Deus; de contrário, fica privado de esperança.

A Educação para a Esperança retira do ocultamento as interrogações que não podem ser ocultadas. E Jesus nos afirmou isso de forma tão clara: “Ninguém acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma vasilha, e sim, para colocá-la no candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa”. (Mt 5,14-15) Faz-se necessário levar a sério esta afirmação do Mestre, e fazer também este desvelamento e assim tornar possível vir à tona uma infinidade de questões que dizem respeito não somente ao ato de educar mas à própria condição humana e sua ligação com Deus. E quem sabe, então, pela Educação, formar pessoas para continuar semeando a Esperança e almejar uma “Nova Humanidade”.

 .: Formar pessoas sólidas: o grande desafio da Educação

Escrito por:
Joana Darc Venancio (Redação A12)
Joana Darc Venancio

Pedagoga, Mestre em educação e Doutora em Filosofia. Especialista em Educação a Distância e Administração Escolar, Teóloga pelo Centro Universitário Claretiano. Professora da Universidade Estácio de Sá. Coordenadora da Pastoral da Educação e da Catequese na Diocese de Itaguaí (RJ)

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