Igreja

São João Paulo II, o apóstolo da Divina Misericórdia

Santo Padre consagrou o mundo à Misericórdia em 2002, durante viagem ao seu país natal, reforçando a missão do Papa polonês a divulgar esta devoção

Escrito por Alberto Andrade

18 AGO 2022 - 09H58 (Atualizada em 18 OUT 2024 - 11H14)

NICHOLAS KAMM/AFP via Getty Images

João Paulo II faleceu em 2 de abril de 2005, às 21h37, na vigília do Domingo da Misericórdia. O que para alguns poderia ser apenas uma coincidência, na verdade, foi um sinal da Providência Divina em seu pontificado e também através da morte do Papa polonês, visto que ele sempre quis divulgar a mensagem da Divina Misericórdia.

Sua beatificação aconteceu em 11 de maio de 2011. Na homilia, o Papa Bento XVI, que chamava São João Paulo II de “Apóstolo da Divina Misericórdia”, disse:

“Estamos no segundo domingo de Páscoa, que João Paulo II quis intitular Domingo da Divina Misericórdia. Por isso, se escolheu esta data para a presente celebração, porque o meu Predecessor, por um desígnio providencial, entregou o seu espírito a Deus justamente ao anoitecer da vigília de tal ocorrência”.

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O jovem Karol Wojtyla visitou o convento onde morava Santa Faustina em 1938, poucos anos após a morte da freira, a quem Jesus confiou, entre outras coisas, a difusão da oração do Terço da Divina Misericórdia.

João Paulo II beatificou a irmã Faustina em maio de 1993 e a declarou santa em 30 de abril de 2000, tornando-a “a primeira santa do terceiro milênio”. Nessa mesma data, o Papa anunciou que tinha declarado o Segundo Domingo da Páscoa como Festa da Divina Misericórdia, em correspondência com o que o Senhor pediu à irmã Faustina.

Para reforçar sua relação com o legado espiritual de Faustina, São João Paulo II realizou, em 17 de agosto de 2002, a consagração do mundo à Divina Misericórdia, na Polônia, durante viagem apostólica do pontífice ao seu país natal, logo após a consagração do Santuário Mundial da Divina Misericórdia, em Łagiewniki.

Site Misericors.org
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Consagração à Divina Misericórdia

Em sua homilia o Santo Padre disse que fez a consagração “com o desejo ardente de que a mensagem do amor misericordioso de Deus, aqui proclamado por intermédio de santa Faustina, chegue a todos os habitantes da terra e cumule os seus corações de esperança”.

“Oxalá se realize a firme promessa do Senhor Jesus: deve elevar-se deste lugar ‘a centelha que preparará o mundo para a sua última vinda’”, disse João Paulo II.

“Confio-vos esta tarefa a vós, caríssimos Irmãos e Irmãs, à Igreja que se encontra em Cracóvia e na Polônia, e a todos os devotos da Misericórdia Divina que aqui vierem, da Polônia e do mundo inteiro: Sede testemunhas da misericórdia!, exortou.


Com este gesto, o Santo Padre nos envia em missão para deixar sempre acesa a misericórdia em nossos corações!

“Deste lugar deverá elevar-se ‘a centelha que preparará o mundo para a sua última vinda’. É preciso acender esta centelha da graça de Deus. É necessário transmitir ao mundo este fogo da misericórdia. Na misericórdia de Deus o mundo encontrará a paz e o homem encontrará a felicidade” Sâo João Paulo II

“Confio essa tarefa a vocês, caríssimos irmãos e irmãs, à Igreja que se encontra em Cracóvia e na Polônia e a todos os devotos da Misericórdia Divina que vierem até aqui, da Polônia e do mundo inteiro: sejam testemunhas da misericórdia!” São João Paulo II


Oração de Consagração à Divina Misericórdia

“Deus, Pai misericordioso,

que revelastes o Vosso amor no Vosso Filho Jesus Cristo

e o derramastes sobre nós no Espírito Santo, Consolador,

confiamo-Vos hoje o destino do mundo e de cada homem.

Inclinai-Vos sobre nós, pecadores;

curai a nossa fraqueza, vencei o mal,

fazei que todos os habitantes da terra

conheçam a vossa misericórdia,

para que em Vós, Deus Uno e Trino,

encontrem sempre a esperança.

Eterno Pai,

pela dolorosa Paixão e Ressurreição do Vosso Filho,

tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.

Amém”.


Padre Rodrigo Arnoso fala da misericórdia na Bíblia

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