Com o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45), a Campanha da Fraternidade (CF) 2015 buscará recordar a vocação e missão de todo o cristão e das comunidades de fé, a partir do diálogo e colaboração entre Igreja e Sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II.
Para colaborar nessa reflexão, o A12.com apresenta uma série de artigos de alguns dos documentos conciliares. Ao longo dessa semana, o internatuta poderá conhecer todos esses documentos:
- Dei Verbum - Palavra de Deus
- Lumen Gentium - Luz dos povos
- Sacrosanctum Concilium - Sagrado Concílio
- Presbyterorum Ordinis - Ministério dos Presbíteros
- Ad Gentes - Para as nações
Hoje, apresentamos uma breve introdução sobre os documentos conciliares do Vaticano II.
Vaticano II: O maior acontecimento da Igreja Católica em todo o século XX
O Concílio Vaticano II foi sem dúvida o maior acontecimento da Igreja Católica em todo o século XX. Trouxe-nos dinâmica missionária e responsabilidades para com o mundo atual. O aggiornamento, que significa atualização, mostrou-nos quanto a Igreja deseja anunciar o tesouro depositado e a ela confiado.
Como resultado das reflexões, orações e trabalhos diversos durante todos os três anos seguidos do Concílio, temos um compêndio de documentos que tratam dos assuntos mais importantes ali suscitados. Esses documentos, de acordo com sua importância e temática, são classificados como Constituições, Declarações e Decretos.
As Constituições Apostólicas são as de maior importância e tratam de assuntos fundamentais a nossa fé. Elas podem ser Constituições Dogmáticas ou Constituições Disciplinares (Pastorais e Conciliares). Quanto às Dogmáticas, tratam dos dogmas fundamentais da nossa fé; as Disciplinares dizem respeito às determinações canônicas, oficiais da Igreja. O Concílio Vaticano II produziu duas Constituições Dogmáticas: a Dei Verbum (Sobre a Revelação Divina) e a Lumen Gentium (Sobre a Igreja). Também presenteou-nos com duas Constituições Pastorais Conciliares: a Sacrosanctum Concilium (Sobre a Sagrada Liturgia da Igreja) e a Gaudium et Spes (Sobre a Igreja no Mundo atual).
As Declarações, como o nome já nos diz, apresentam declarações advindas de autoridades eclesiásticas. As produzidas pelo Concílio foram três: Gravissimum Educationis (Sobre a Educação Cristã), Nostra Aetate (Sobre a Igreja e as Religiões não-Cristãs) e Dignitatis Humanae (Sobre a Liberdade Religiosa).
Os Decretos não diferem muito da compreensão que já temos a partir do Direito Civil, tratam-se de declarações que determinam o cumprimento de decisões de uma autoridade. As autoridades hierárquicas da Igreja (Papa, Bispos, Padres e Diáconos) podem criar Decretos, dentro de seus limites de autoridade, a respeito de determinado assunto. Neste caso temos Decretos Conciliares porque foram produzidos pelo Concílio e receberam a assinatura do Papa. São nove os Decretos do Vaticano II: Ad Gentes (Sobre a Atividade Missionária da Igreja), Presbyterorum Ordinis (Sobre o Ministério e a Vida dos Sacerdotes), Apostolicam Actuositatem (Sobre o Apostolado dos Leigos), Optatam Totius (Sobre a Formação Sacerdotal), Perfectae Caritatis (Sobre a Conveniente Renovação da Vida Religiosa), Christus Dominus (Sobre o Múnus Pastoral dos Bispos na Igreja), Unitatis Redintegratio (Sobre o Ecumenismo), Orientalium Ecclesiarum (Sobre as Igrejas Orientais Católicas) e Inter Mirifica (Sobre os Meios de Comunicação Social).
Como todos os documentos da Igreja, os textos originais do Concílio Vaticano II estão em Língua Latina e são identificados pelas primeiras duas ou três palavras latinas que iniciam o documento. Por exemplo: Lumen Gentium, ou seja, Luz dos povos. Daí decorre o recurso de que qualquer dúvida ou incompreensão, a respeito do texto e conteúdo dos documentos, sejam sanadas através de seus originais latinos.
Esses são os textos fundamentais para todos os que queiram aproximar-se do que foi este acontecimento tão grandioso para todo o mundo católico. São como que portas iniciais para os que queremos crescer na fé e no conhecimento da Igreja, depositária do tesouro da Boa Nova de Jesus. Precisamos estar sempre prontos a dar razão de nossa esperança a todos aqueles que a pedirem. (Cf. 1Pd 3,15).
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