Baldaquino: O esplendor da natureza brasileira na arte sacra de Aparecida

Em março de 2017, o Santuário de Aparecida inaugurou a obra do revestimento do baldaquino, que são os quatro pilares que sustentam a estrutura da Cúpula Central. A obra foi apresentada durante a abertura da Campanha da Fraternidade de 2017, que enfatizava o tema "Biomas Brasileiros e defesa da vida" e lema "Cultivar e guardar a criação". A arte de Claudio Pastro em torno do Altar Central retrata a rica biodiversidade brasileira e evidencia a grande Criação, que se manifesta para adorar o Senhor no Altar da Consagração. Veja no infográfico especial abaixo a simbologia dessa obra de arte:




O esplendor da natureza brasileira na arte sacra de Aparecida

A rica biodiversidade brasileira está exaltada na arte da Cúpula e do Baldaquino do Santuário Nacional de Aparecida. O imponente monumento que representa um grande louvor à Criação de Deus evidencia em cada uma das colunas que sustentam a Cúpula, a perfeição da obra divina e nisso reafirma a máxima bíblica: “Deus nos criou para o louvor da Sua glória” (Ef 1, 11).

A obra prima deixada pelo artista sacro Cláudio Pastro, falecido em outubro de 2016, deseja provocar o maravilhamento por tudo o que Deus criou e evidenciar a grande Criação que se manifesta para adorar o Senhor no Altar da Consagração.

A obra de Cláudio Pastro apresenta, no baldaquino, o ser vivente, os anjos, um vasto número de espécies de plantas e animais dos diversos biomas brasileiros e ipês representados em diferentes fases de desenvolvimento.

Este infográfico tem como objetivo apresentar de forma sucinta apenas alguns detalhes dessa grandiosa obra que é o maior presente dos devotos no Jubileu Tricentenário.

A arte sacra representada no Baldaquino e na Cúpula Central antecipa no tempo presente um vislumbre da Jerusalém Celeste.

“Tudo foi feito por meio d´Ele e sem Ele nada foi feito” (Jo 1,3).




Baldaquino Noroeste

No Baldaquino Noroeste são representadas a fauna e a flora da região Nordeste. A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta. A obra de Cláudio Pastro mostra também a flora do Centro Oeste trazendo características do Cerrado. O artista destacou em sua obra animais predominantes desses biomas que encontram-se ameaçados de extinção. Conheça algumas espécies:

Anjo Negro
Anjo negro que tem em uma das mãos o pandeiro, lembrando a música e o louvor divino.
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Carnaúba
A planta é perene com um tronco (estipe) simples, com numerosas folhas no seu topo, formando uma copa globosa. As folhas têm formato de um leque, palmadas, cor cinza-esverdeada e cerosa na face inferior. A propagação é feita através de sementes.
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Palma
Típica de regiões quentes e muito resistente às secas, a palma é pertencente à família cactaceae, com altura média entre 30 e 50 centímetros. Fonte de energia, carboidratos, fibrose e nutrientes, desenvolveu-se bem no país principalmente no nordeste devido à sua capacidade de se adaptar às condições climáticas.
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Mandacaru
Nativa do Brasil é adaptada às condições climáticas do Semiárido. A árvore alcança até 6 metros de altura com copa em formato de candelabro. É importante para a restauração de solos degradados, servindo como alimento para os animais. O fruto é vermelho, de polpa carnosa e adocicada com sementes pretas.
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Claudio Pastro Suçuarana: Segundo maior felino do Brasil
Também conhecida como onça-parda, espécie terrestre possui habilidade para subir em árvores e é bastante ágil. Felino nativo das Américas tem corpo alongado e pesa em torno de 70 quilos. A espécie é ameaçada de extinção.
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Claudio Pastro Flamingo: Espécie bela e rara
Com uma bela e cativante cor da plumagem, os Flamingos vivem em lagunas rasas, salobras e sem vegetação, e também em áreas à beira-mar. No Brasil, a espécie encontra-se ameaçada de extinção devido ao estabelecimento de plantações de arroz na região das lagunas, às salinas ao longo da costa e à caça predatória.
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Claudio Pastro Tamanduá-bandeira: um gigante comedor de formiga
Mamífero ameaçado de extinção, o Tamanduá-Bandeira é o maior da espécie, pesando até 45 Kg. É facilmente reconhecido pelo seu focinho longo e padrão característico de pelagem. A caça e redução dos habitats são apontadas como as principais causas da perda populacional da espécie.
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Claudio Pastro Ipê
Estação inverno
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Claudio Pastro Medalhão da fecundação do óvulo
Representando a reprodução humana.
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Baldaquino Nordeste

O Baldaquino Nordeste traz a representação da fauna e da flora predominante da região Sudeste, destacando o bioma Mata Atlântica. Sua vegetação é conhecida principalmente por sua exuberância e diversidade. A Palmeira, espécie chave desse bioma, é caracterizada na obra de Pastro. A variedade de cores e elementos demonstram a exuberância da flora e fauna. Saiba mais sobre as espécies:




Anjo branco
Anjo branco que tem nas mãos uma régua para medir a extensão do tempo conforme indica o Apocalipse.
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Palmeira
A Palmeira juçara é considerada uma espécie chave da Mata Atlântica. De grande importância para o equilíbrio da floresta, muitos animais sobrevivem de seus frutos. Após décadas de exploração predatória, a palmeira juçara atualmente só é encontrada com relativa abundância em unidades de conservação.
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Figueira
A figueira é um tipo de planta que gera frutos, os figos. Pertencente ao gênero Ficus que pertence à família Moraceae, compreende centenas de espécies de árvores e arbustos geralmente se propagam através dos trópicos.
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Bananeira
Planta típica das regiões tropicais úmidas, é um vegetal herbáceo completo, pois apresenta raiz, tronco, folhas, flores, frutos e sementes. São originárias do sudeste da Ásia, sendo atualmente cultivadas em praticamente todas as regiões tropicais do planeta.
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Onça pintada: O maior felino das Américas
A onça pintada é uma espécie de mamífero carnívoro encontrada nas Américas. A destruição de habitats aliada à caça predatória devido principalmente ao alegado prejuízo econômico causado às criações de animais domésticos fazem com que as populações venham sendo severamente reduzidas.
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Lobo Guará: Maior canídeo da América do Sul
Tímido, solitário e praticamente inofensivo, usa suas presas para se alimentar de pequenos animais. Um animal adulto pode atingir um metro de altura e mais de 20 quilos. A diminuição da espécie é decorrente da perda de habitat e à caça.
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Anta: Grande mamífero terrestre
São animais tímidos e silenciosos. Possuem os sentidos da audição e olfato muito apurados. No Brasil pode ser encontrado na Mata Atlântica, na Amazônia e no Pantanal. Desmatamento caça e atropelamentos são ameaças que deixaram a espécie vulnerável à extinção.
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Ipê
Estação primavera.
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Medalhão do Embrião
Representando a reprodução humana.
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Thiago Leon
Thiago Leon


Baldaquino Sudeste

A Mata das Araucárias é presença marcante na obra desse baldaquino. Espécie do bioma Mata Atlântica já ocupou cerca de 2,6% do território nacional e como outras espécies brasileiras vem sendo degradada em função do corte ilegal de árvores. Além dessa belíssima árvore que pode chegar a 30 metros de altura, a obra destaca alguns animais da região Sul do Brasil, onde predomina os biomas Mata Atlântica e Pampa.

Anjo Caboclo (mulato)
Anjo Caboclo (mulato) que tem nas mãos o shofar, o berrante.
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Araucária – símbolo do Paraná
A Araucária está presente principalmente no Paraná, sendo assim considerada a árvore símbolo no Estado. As araucárias são encontradas somente no hemisfério Sul. Esta árvore pode medir de 20 a 50 metros de altura. Atualmente esta árvore encontra-se na lista das árvores ameaçadas de extinção em função do corte ilegal das árvores. Uma ideia do quanto já foi devastada é que sua área foi reduzida de 43% do Estado do Paraná (equivalente a 7,5 milhões de hectares), para 0,75% do Estado (equivalentes a 150 mil hectares).
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Manacá-da-serra – pioneira na Mata Atlântica
Árvore de interesse ornamental, sua madeira pode ser utilizada em construções internas. É uma árvore pequena que mede de 7 a 15 metros de altura. Gosta de clima quente e úmido. Suas folhas são aveludadas em ambas as superfícies e suas flores possuem coloração que vai do violeta ao branco. Pode ser encontrada desde o Espirito Santo até o Rio Grande do Sul em toda a Mata Atlântica.
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Suinan – néctar para beija-flores
É uma planta espinhenta de 10 a 20 metros de altura, com tronco de 50 a 70 cm de diâmetro. Está presente ao longo do Sul da Bahia, Espírito Santo, Zona da Mata de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Vale do Paraíba São Paulo, na floresta pluvial atlântica. O florescimento dessa espécie é um belo espetáculo da natureza, cujo brilho e cor é dificilmente encontrados nas demais espécies de Eritrina. Pode ser empregada com sucesso no paisagismo. Suas flores são muito procuradas por beija-flores e outros pássaros para sugar seu néctar. Por seu rápido crescimento e facilidade de multiplicação, não pode faltar nos reflorestamento mistos destinados a recomposição de áreas degradadas.
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Macaco Bugio do Sul – o grito na mata
O bugio é famoso por seu grito, que pode ser ouvido em toda a mata, e pela presença de pêlos mais compridos nos lados da face formando uma espécie de barba. Essa espécie habita a Mata Atlântica, desde o sul da Bahia até o Rio Grande do Sul.
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Jacutinga – beleza exuberante
É uma ave da fauna brasileira ameaçada de extinção. Atualmente a Jacutinga só é encontrada em áreas protegidas da Mata Atlântica. Está presente desde o sul da Bahia até o Rio Grande do Sul. Entretanto, em muitos locais a espécie já foi extinta. Ela se destaca pela plumagem brilhante e colorida.
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Grou-coroado – ave ornamental
O porte elegante e a beleza exótica tornam a ave cobiçada para ornamentação de ambientes. Possui plumas de cores vivas e contrastantes. A destruição de seu habitat e o tráfico de animais acabaram por classificar o estado de conservação da ave como vulnerável.
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Ipê
Estação Verão.
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Medalhão da bebê
Representando a reprodução humana.
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Baldaquino Sudoeste

Estão representadas no Baldaquino Sudoeste as espécies de animais e plantas da região Norte (Bioma Amazônia). O bioma ocupa 40% do território nacional e compreende a maior biodiversidade em uma floresta tropical no planeta. Cláudio Pastro ao criar a concepção desse fantástico bioma trouxe animais exóticos e ameaçados de extinção além de uma rica vegetação onde é predominante o verde.

Anjo Índio
Anjo índio que tem o turíbulo nas mãos para incensar e louvar o Senhor.
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Castanheira-do-Brasil - Grandiosa e ameaçada
A castanheira-do-Brasil também conhecida como castanheira-do-Pará, é uma árvore alta e bela, nativa da Amazônia, mas está ameaçada. A principal causa para o risco de extinção é o desmatamento. São árvores frondosas, podendo chegar a 50 metros de altura e 2 metros de diâmetro.
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Cumaru – Agradável essência
O Cumaru é uma árvore nativa da região amazônica. Ela chega a atingir até 30 metros de altura, sendo encontrada em toda a região. É utilizada principalmente sua madeira e suas sementes aromáticas. Seu óleo e extrato natural possui odor agradável e adocicado, muito parecido com a baunilha.
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Vitória Régia - A maior flor do Amazonas
É conhecida pelo nome de vitória-régia uma das maiores plantas aquáticas do mundo. Com um aspecto exuberante e ornamental pode alcançar até 2,5 metros de diâmetro. A vitória-régia depende bastante das inundações do rio Amazonas para a sua sobrevivência.
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Borboletas – beleza e variedade incontável
Na Amazônia existem 1.800 espécies de borboletas, ou seja, um quarto das conhecidas no mundo todo.
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Macaco Uacari Vermelho – raro primata
Da família dos primatas, esse animal vive no extremo Oeste da Amazônia, sendo raros e por isso, muito cobiçados por caçadores. Está ameaçado de extinção pela destruição de seu habitat.
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Boto – Maior golfinho de água doce do Planeta
O boto-vermelho conhecido na Amazônia como boto cor-de-rosa é mais um dos animais na lista de extinção desse bioma. Ele que é o maior golfinho de água doce do Planeta, pode viver até 50 anos, mas tem sido morto para servir de isca na pesca de um outro peixe.
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Ipê
Estação Outono.
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Medalhão do Casal
Representando a reprodução humana.
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Créditos

Diretor Executivo: Pe. Marcelo Magalhães, C.Ss.R.

Texto: Elisangela Cavalheiro e Polyana Gonzaga

Fotos: Thiago Leon/Arquivo Cláudio Pastro 

Arte/Diagramação: Rosane Pereira 

Fonte de Pesquisa: CDM Santuário Nacional, Lotus Projetos, sites ambientais. 

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